Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

AF Lisboa quer reativar a Taça de Honra com Benfica e Sporting

23 set, 2022 - 12:45 • José Barata

No dia do aniversário da Associação do Futebol de Lisboa, o presidente Nuno Lobo revela, em Bola Branca, a vontade de juntar Benfica e Sporting na Taça mais antiga disputada em Portugal, O dirigente critica ainda o Governo pela inércia que mantém sobre o clima de violência que se vive no futebol português.

A+ / A-

Benfica e Sporting vão ser convidados a transportar para o relvado o bom entendimento demonstrado nas reuniões da Associação de Futebol de Lisboa. No dia em que a associação mais antiga do país comemora 112 anos de existência, o seu presidente anuncia em Bola Branca a vontade de reativar a Taça de Honra, uma prova que reúne os clubes mais representativos do distrito de Lisboa, e que podem ser contribuintes para acabar com os atos de violência que se têm visto no futebol português.

"Vamos falar durante este ano com os nossos clubes filiados, nomeadamente aqueles que estão na I Liga do futebol português, porque são os quatro melhores classificados nos campeonatos nacionais que entram na Taça de Honra, para tentar arranjar uma solução conjunta para reativar aquela que é a taça mais antiga do futebol federado em Portugal. É uma taça que tem mais de 100 anos. Seria também uma forma de Benfica e Sporting demonstrarem dentro de campo o bom entendimento que têm demonstrando nas abordagens da Associação de Futebol de Lisboa. Nós aqui sentamo-nos à mesa com Benfica e Sporting e há um salutar diálogo, e tudo aquilo que possa ser feito para ajudar a acabar com este clima de terror deve ser feito", afirma.

Nuno Lobo admite que para o regresso da Taça de Honra de Lisboa será necessário a sua realização no início da temporada.

"Havia uma grande dificuldade nos clubes em concertarem datas para que no início da época fosse feita a Taça de Honra. Estamos a estudar outras alternativas, e provavelmente faremos a Taça de Honra noutra data que não no início da temporada", revela.

Críticas ao Governo

Nuno Lobo olha para o atual momento do futebol português, com vários casos de violência física e verbal. O presidente da Associação de Futebol de Lisboa pede uma maior intervenção do Governo, através do secretário de Estado do Desporto, João Paulo Correia.

"Em Lisboa há um diálogo permanente entre os clubes e é isso que falta a nível nacional. Nós tivemos casos terríveis para a imagem do futebol e já houve alguma reunião? Já houve alguma intervenção do Governo? Vejo o secretário de Estado a fazer publicações e a lamentar, mas isso não basta. Há que haver atitudes concretas", afirma.

Sobre a passagem de mais um aniversário da Associação de Futebol de Lisboa, Nuno Lobo admite uma fase complicada, devido, primeiro, à pandemia e depois à guerra, mas garante que vai estar sempre ao lado dos clubes filiados.

"Passamos agora momentos de grandes dificuldades, se calhar o momento mais difícil da vida da instituição e de todos os clubes filiados, com a pandemia e agora com a guerra, mas vamos saber ultrapassar estes obstáculos. O aniversário é um momento de alegria e de comemoração mas é também um momento de reflexão daquilo que se passou e do que se passa, e de perspetivar o futuro, que será risonho, um futuro de glória, um futuro triunfante, daquela que é a Associação líder do futebol, do futsal e do futebol de praia em Portugal. Estamos com determinados em enfrentar os desafios do futuro que são enormes, assume.

Nestas declarações, o presidente Nuno Lobo olha com atenção para os próximos projetos da Associação de Futebol de Lisboa.

"Queremos muito em breve apresentar a nossa Academia do Futebol, que terá um pavilhão para o Futsal, campos para o Futebol e um campo para o Futebol de Praia. Este é o projeto mais estruturante para o futuro da Associação de Futebol de Lisboa, que também está a trabalhar para ter um canal televisivo", conclui.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+