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Direitos Humanos

Amnistia Internacional insiste em falhas da candidatura ao Mundial 2030

11 nov, 2024 - 00:23 • Carlos Calaveiras

Portugal, Espanha e Marrocos são os organizadores deste Mundial 2030. Há dúvidas em relação a questões relacionadas com direitos humanos. No mesmo documento, a Amnistia pede que se retire o Mundial 2034 à Arábia Saudita.

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A Amnistia Internacional e a Sport & Rights Alliance (SRA) apelam a que a FIFA condicione a atribuição do Campeonato do Mundo de 2030 a Marrocos, Portugal e Espanha ao desenvolvimento de uma estratégia de direitos humanos muito mais credível.

Num novo relatório, a Amnistia Internacional e a SRA dizem que a candidatura não descreveu “adequadamente a forma como iria cumprir as normas de direitos humanos exigidas pela FIFA nos seus regulamentos de candidatura, nem consultou de forma significativa as organizações de direitos humanos”.

“A FIFA também deve exigir estratégias muito mais credíveis e compromissos vinculativos para evitar violações dos direitos humanos em relação ao Campeonato do Mundo de 2030. Marrocos, Portugal e Espanha ainda não explicaram adequadamente como é que os jogadores e os adeptos serão protegidos de abusos discriminatórios, que medidas serão tomadas para evitar o uso excessivo da força policial ou como é que os direitos à habitação dos residentes serão salvaguardados”, refere o diretor de Direitos Laborais e Desporto da Amnistia Internacional.

As duas organizações consideram também que a FIFA deve suspender o processo de seleção da Arábia Saudita como anfitriã do Campeonato do Mundo de Futebol Masculino de 2034.

Exigem “reformas importantes em matéria de direitos humanos” no país antes de qualquer organização deste tipo.

Os riscos na Arábia Saudita são tão elevados que a realização do torneio nesse país conduziria provavelmente a violações graves e generalizadas dos direitos humanos.

“Haverá um custo humano real e previsível se o Campeonato do Mundo de 2034 for atribuído à Arábia Saudita sem a obtenção de garantias credíveis de reforma. Os adeptos serão vítimas de discriminação, os residentes serão despejados à força, os trabalhadores migrantes serão vítimas de exploração e muitos morrerão. A FIFA tem de suspender o processo até que estejam em vigor as devidas proteções dos direitos humanos, para evitar o agravamento de uma situação já de si terrível”, acrescenta Steve Cockburn, diretor de Direitos Laborais e Desporto da Amnistia Internacional.

Já em junho de 2024, a Amnistia Internacional e a SRA tinham publicado outro relatório em que detalhavam “os riscos” para os direitos humanos associados a estes dois Mundiais, de 2030 e 2034.

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