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Espanha

O dilema do Barcelona na baliza: contratar guarda-redes livre ou esperar até janeiro

24 set, 2024 - 15:50 • Inês Braga Sampaio

A lesão de Ter Stegen, que o afasta de combate para o resto da época, deixa o suplente Iñaki Peña sob os holofotes e uma questão nas mentes dos adeptos: remendar agora ou solucionar depois?

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Quando Marc-André Ter Stegen foi transportado em maca para fora do relvado, devido a uma grave lesão num joelho, que o inabilita para o resto da temporada, para trás ficaram a memória dos seus gritos de dor e uma incógnita, para o Barcelona: e agora, quem substituirá o guarda-redes alemão?

O internacional alemão, de 32 anos, contraiu, antes do intervalo frente ao Villarreal, uma rotura completa no tendão patelar do joelho direito e não deverá voltar aos relvados esta época. Para o seu lugar, entrou Iñaki Peña, espanhol de 25 anos formado em La Masia e que, após subir à equipa A, somou apenas uma temporada por empréstimo no Galatasaray, da Turquia, e desde então cumpre a função de sombra de Ter Stegen.

Em 2023/24, Peña teve direito a uma série de 17 jogos seguidos, devido a uma lesão do alemão, em que sofreu 32 golos, quase dois por partida. Xavi Hernández confiou nele, mas como será com Hans-Dieter Flick?

Sem poder comprar ou garantir o empréstimo de um novo guarda-redes até 2025, o Barcelona tem duas opções: contratar um jogador livre, algo que terá de fazer até ao dia 1 de janeiro, ou confiar a baliza a Iñaki Peña, pelo menos, até à abertura do mercado de transferências de inverno.

Na lista de guardiões sem contrato, há alguns nomes conhecidos, mas dois deles ganha destaque acima dos restantes: um deles é Keylor Navas, de 37 anos, internacional costarriquenho, antigo jogador do Real Madrid, com que conquistou três Ligas dos Campeões, e que deixou o Paris Saint-Germain no verão. Na temporada passada, fez apenas seis jogos, por ter sido ultrapassado na hierarquia pelo italiano Gigi Donnarumma.

O outro é uma surpresa: de acordo com a imprensa da Polónia, Wojciech Szczesny, de 34 anos, que se retirou no final da última época, estaria disposto a regressar ao ativo no caso de lhe chegar um convite do Barcelona. O ex-internacional polaco, que fez carreira no Arsenal, na Roma e na Juventus, o seu último clube, terminou em alta, com 35 jogos em 2023/24 e a titularidade no Euro 2024, mas não treina desde então, pelo que poderia ter de trabalhar bastante para voltar à forma ideal.

Há outras possíveis soluções, umas mais prováveis que outras:

  • Jordi Masip, de 35 anos, número 2 do Barça entre 2014 e 2017 e que terminou contrato com o Real Valladolid no verão;
  • Edgar Badia (32), que começou a época com o Elche, mas rescindiu no último dia do mercado;
  • O internacional checo Jirí Pavlenka (32), ex-Werder Bremen, esteve perto de rumar à Arábia Saudita, mas continua livre;
  • O também internacional checo Tomás Vacllík (35), que esteve no radar do Benfica em 2017 e, agora, terminou contrato com o Albacete;
  • O alemão Loris Karius (31), que foi protagonista pela negativa da final da Champions de 2018, que o Liverpool perdeu para o Real Madrid, deixou o Newcastle;
  • O internacional albanês Etrit Berisha (35), que na temporada passada jogou nos italianos do Empoli;
  • Outro internacional checo, Tomás Koubek (32), que estava há cinco épocas nos alemães do Augsburgo;
  • O francês Alexandre Letellier (33), que em 2020 regressou ao PSG, clube que o formou, para ser número 3, tendo feito um total de dois jogos em quatro temporadas;
  • O grego Kostas Lamprou (33), com carreira inteiramente construída nos Países Baixos, mas que na última época não jogou no Feyenoord;
  • O ex-Sevilha e PSG Sergio Rico (31) é um nome sonante, e quer regressar ao ativo, mas esteve afastado durante dez meses devido a uma queda de cavalo que o deixou num coma de 25 dias, em que perdeu 18 quilos - não soma um único minuto desde 2021/22;
  • O norueguês Kristoffer Klaesson (23), considerado um guarda-redes com potencial, foi despedido pelo RKS Raków, da Polónia, por ter sido apanhado a comer num McDonald's, o que levantou questões sobre a sua condição física e profissionalismo.

A alternativa é confiar, pelo menos por agora, em Iñaki Peña - que não sofreu qualquer golo com o Villarreal - e aguardar pelo mercado de janeiro, em que outras possibilidades surgirão. Entre os nomes mais atrativos do mercado, há umas mais caras e outras mais baratas.

Por exemplo, o dono da baliza da Espanha, Unai Simón, de 27 anos, do Athletic Blibau, e com contrato até 2029, obrigaria, provavelmente, a abrir os cordões à bolsa. O que não falta são guarda-redes caros e que, na atual situação financeira do Barcelona, representariam um investimento arrojado. Por outro lado, recuperar Arnau Tenas, de 23 anos, atualmente no PSG, poderia ser uma das opções mais acessíveis.

O mais certo é que o Barcelona enfrente os próximos jogos, que supostamente são de grau de dificuldade menor, com Iñaki Peña. Resta saber se, nos duelos com Bayern de Munique, em casa, a 23 de outubro, para a Liga dos Campeões, e Real Madrid, fora, a 27 para o campeonato, já haverá um novo nome a defender a baliza "blaugrana".

Outra incógnita é perceber quando é que Ter Stegen voltará aos relvados. O tempo de paragem prevista é de sete a oito meses, ou seja, só regressaria em abril ou maio, o que, na prática, significa que só deverá estar mesmo apto na próxima temporada. O alemão juntou-se, no lote de indisponíveis do Barcelona, a Marc Bernal, Andreas Christensen, Ronald Araújo, Gavi, Dani Olmo, Fermín López e Frenkie de Jong.

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