18 ago, 2024 - 18:40 • Hugo Tavares da Silva
A canção que celebrou Cucurella no Euro 2024, conquistado pela Espanha, metia ao barulho paella, uma cerveja tradicional e Haaland. A certa altura diz-se que até o norueguês “treme” perante o cidadão de Alella, na província de Barcelona. Bastaram 18 minutos para esse pedaço de ficção científica cair em desuso.
Erling Haaland surgiu na área, afastou Cucurella como se afastam as moscas e picou a bola, desviando-a de Robert Sánchez. Ao centésimo jogo do monstro nórdico, o canhoto fez 91 golos e 15 assistências.
Manchester City e Chelsea inauguraram este domingo, no Stamford Bridge, as suas caminhadas na Premier League. Pep Guardiola de um lado, o tetra campeão, e Enzo Maresca do outro, ex-adjunto de Pep e campeão do Championship com o Leicester.
Maresca deixou de fora para este jogo qualquer coisa como 15 jogadores. O caos do Chelsea continua, culpa do excesso de dinheiro que existe por ali. Os memes nas redes sociais sucedem-se. Ora se veem autocarros com 15 andares, ora multidões caóticas a fazer o paralelismo com a dimensão do plantel dos ‘blues’.
Raheem Sterling nem foi convocado e a sua equipa pessoal tratou de emitir um comunicado. Há caso. Enzo, mesmo apesar daquela odiosa polémica dos cânticos racistas no autocarro da Argentina, foi o capitão do Chelsea.
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Rúben Dias e Bernardo Silva foram titulares nos visitantes. O último, um dos melhores em campo, jogou pelo corredor central, fazendo uma bela companhia a Kevin de Bruyne, que levaria um beijo de Guardiola depois do apito final. Nas linhas estavam os atrevidos Jérémy Doku e Savinho, que seria substituído por Phil Foden ao intervalo (seria a única substituição do treinador catalão do Man. City).
No lado da equipa da casa, Cole Palmer, Nkunku e Nicolas Jackson criaram alguns problemas aos cityzens, mais na primeira parte até. No segundo tempo, com Pedro Neto desde os 58’, que ajudou a revolucionar ligeiramente o jogo do grupo de Maresca, o City conseguiu controlar melhor, evitou erros e tentou guardar mais a bola, ainda que Ederson aqui e ali tenha revelado alguma intranquilidade.
O segundo golo dos campeões nacionais chegou aos 84’, por um ex-Chelsea, campeão da Europa com aquele clube londrino: Mateo Kovacic, que encantou nesta inglória tarefa de fazer esquecer Rodri. Tirou do caminho dois adversários e bateu, ainda fora da área, para o lado menos óbvio. Golaço. E contenção nos festejos, em homenagem ao passado em conjunto com aquela gente.
Uma boa surpresa foi a entrada de Renato Veiga, aos 80’. O futebolista português, formado no Sporting e filho de Nélson Veiga, entrou por Marc Cucurella, tocado.
As estatísticas falam num jogo equilibrado e o Chelsea realmente chegou a ser incómodo. Há espaço para crescer, mas o desfecho deste jogo demonstra exatamente onde as equipas estão neste momento. Uns hesitam, outros matam. O futebol não espera. E o Liverpool e o Arsenal também não: os rivais do City ganharam os seus jogos no sábado.