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Câmara de Paris recusa vender Parque dos Príncipes ao PSG

17 jan, 2023 - 11:06 • Inês Braga Sampaio

"Não pertence ao Qatar", frisa porta-voz da autarquia, após proposta de 40 milhões de euros. PSG ameaça fazer as malas.

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A Câmara Municipal de Paris recusa vender o Parque dos Príncipes ao Paris Saint-Germain e o clube ameaça abandonar o estádio.

Em entrevista à televisão francesa RMC Sport, um vice-presidente da Câmara, David Belliard, que detém a pasta do espaço público e da mobilidade, admite negociar, no entanto, salienta que a intenção é que o Parque dos Príncipes "continue a fazer parte do património público".

"Estamos num jogo de póquer de mentiras. Vamos ver o que acontece nas negociações. Não sou partidário da venda de ativos importantes ao setor privado e, em particular, ao Qatar. O Parque dos Príncipes é um desses ativos. Temos de manter um certo número de bens. Não pertence ao Qatar, mas sim aos parisienses e, em geral, aos franceses", frisa.

Posição que vai ao encontro das declarações da presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, que descartou por completo a venda do estádio. Especialmente por 40 milhões de euros, a oferta inicial do PSG - cinco vezes menos do que o valor que o clube, que pertence a um fundo de investimento público do Qatar, pagou por Neymar em 2017.

PSG ameaça mudar de ares


O PSG argumenta, por outro lado, que já investiu mais de 80 milhões de euros em obras renovação e manutenção, nos últimos 11 anos.

No domingo, um porta-voz do clube sublinhou que não vender o Parque dos Príncipes implica "adicionar dezenas de milhões de euros aos impostos dos cidadãos para manter a estrutura de um estádio com mais de 50 anos e que precisa de uma renovação completa".

O clube já deixou claro que pretende continuar no Parque dos Príncipes, contudo, também garante que, se não conseguir comprar o estádio, fará as malas para outras paragens. Uma possibilidade, avança a RMC Sport, é a compra do Stade de France, casa da seleção francesa, com quase o dobro dos lugares (80 mil, contra 48 mil do Parque dos Príncipes), a precisar de menos renovações e que o Estado pretende vender.

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