Tempo
|
A+ / A-

Estádio da Indonésia em que morreram mais de 130 pessoas vai ser demolido

18 out, 2022 - 16:07 • Lusa

A tragédia ocorreu no dia 1 de outubro. A polícia respondeu a confrontos com gás lacrimogéneo, que causou a debandada de pessoas num estádio sem as vias de escoamento adequadas.

A+ / A-

O estádio na Indonésia em que morreram mais de 130 pessoas durante um jogo de futebol, a 1 de outubro, vai ser demolido, anunciou, esta terça-efira, o presidente daquele país, após encontro com o homólogo da FIFA.

O responsável máximo da FIFA, Gianni Infantino, deslocou-se à Indonésia cerca de duas semanas depois da tragédia que causou mais de 130 mortos e centenas de feridos num estádio de futebol em Malang, verificada após lançamento de gás lacrimogéneo.

"Vamos demolir e reconstruir o estádio Kanjuruhan, em Malang, segundo as normas da FIFA, com instalações apropriadas, que podem garantir a segurança dos jogadores e adeptos", disse Joko Widodo, presidente indonésio, após o encontro com Infantino.

Por seu turno, o presidente da FIFA comprometeu-se a ajudar e investir na transformação do futebol indonésio, para melhorar a sua segurança.

"Vamos reformar e transformar o futebol no país", disse Infantino, sublinhando, ainda, que a Indonésia se prepara para acolher a próxima edição do Mundial sub-20, em cerca de uma dezena de estádios através do arquipélago.

Infantino adiantou que os esforços incidirão principalmente na melhoria das condições operacionais dos estádios, no comportamento dos espectadores, bem como na introdução de programas de educação sobre a modalidade nas escolas.

A tragédia ocorreu no dia 1 de outubro, após o jogo entre Arema, que jogava em casa, e Persebaya Surabaia, na cidade de Malang, na ilha de Java. O gás lacrimogéneo lançado pela polícia para conter os adeptos foi uma das causas apontadas para o elevado número de mortos e feridos, pois causou a debandada de pessoas num estádio sem as vias de escoamento adequadas.

O triunfo dos forasteiros, por 3-2, resultou no desagrado dos adeptos locais e consequente invasão de campo. Seguiu-se o confronto com as autoridades, que responderam com o uso de cassetetes e gás lacrimogéneo, num desafio que não contava com adeptos da equipa visitante, situação acordada entre os oponentes, para evitar confrontos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+