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Alexandre Santos quer acordar um gigante adormecido em Angola

31 dez, 2021 - 12:45 • Carlos Dias

O treinador português orienta o Petro de Luanda e está na discussão pelo título angolano.

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Alexandre Santos, com 45 anos, tem como objetivo devolver ao Petro de Luanda o título de campeão angolano, que foge desde 2009 ao clube que detém o maior número de conquistas da principal prova do calendário futebolístico daquele país africano.

Com o Girabola, campeonato angolano de futebol, em andamento, o Petro de Luanda luta lado a lado com o campeão em título, Sagrada Esperança, e o Primeiro de Agosto pela primeira posição.

Com a primeira volta quase a acabar, e apesar da Covid-19 que vai limitando a preparação e a competição das equipas, Alexandre Santos, em declarações a Bola Branca, faz um balanço positivo do trabalho que iniciou no mês de agosto:

“Estamos numa luta a três, a equipa está a jogar bem, quer continuar a ganhar, quer fazer uma segunda volta muito forte para chegar ao final em primeiro e conquistar um título que foge há muitos anos”.

Também a participação na Liga dos Campeões Africana está a correr bem. Depois de ter ultrapassado a fase eliminatória, no sorteio recentemente realizado da fase de grupos, com as 16 melhores equipas do continente africano, o Petro ficou a saber que vai defrontar o campeão angolano, o Sagrada Esperança, o Wydad de Casablanca, de Marrocos, e o Zamalek, do Egipto.

“Nas últimas duas edições o Petro esteve na fase de grupos, mas não conseguiu uma representação de acordo com os objetivos. Nesta edição o grupo é complicado com a presença do nosso principal adversário interno e de duas equipas com muita experiência nesta prova. Vamos ter de pensar jogo-a-jogo, mas queremos uma prestação positiva, temos o direito de pensar na fase seguinte, temos uma equipa ambiciosa, mas reconhecemos a qualidade dos adversários”, ressalva.

O Petro de Luanda é um clube muito grande

O Atlético Petróleos de Luanda, conhecido por Petro Luanda foi fundado em 1980 e tem o estatuto de clube com o maior número de triunfos no campeonato angolano. Um clube que também tem uma forte tradição em outros desportos. Modalidades como o andebol, o basquetebol ou o ciclismo são algumas que fazem do Petro um clube muito grande ao nível desportivo, mas a vertente social merece mas palavras elogiosas de Alexandre Santos.

“É um clube que dá aos seus atletas e trabalhadores excelentes condições de alimentação, habitação e educação. Há um contexto social que vai muito para além da vertente desportiva", reconhece.

Licenciado em Ciências do Desporto e Mestre em treino de Alto Rendimento com a especialidade de futebol, Alexandre Santos tem uma carreira já longa e recheada de importantes experiências. O treinador acompanhou José Peseiro durante várias temporadas (FC Porto, Sporting de Braga, Al Wahda, Al Sharjah e Al-Ahly) e esteve ainda em equipas técnicas no Caen (França), Estoril Praia, Estrela da Amadora e Vitória de Setúbal. Em 2017/18 passou a treinador principal no Real Massamá e depois nas equipas de sub-23 do Estoril Praia e do Sporting, antes de abraçar o projeto do Alverca a meio da época 2019/20.

Com uma experiência tão rica, Alexandre Santos admite que em Angola foi encontrar “uma vida muito parecida com a portuguesa. Os muitos portugueses que vivem em Luanda sentem-se em casa. É fácil ao português sentir-se perto faz suas raízes”.

A ajuda ao crescimento de Matheus Nunes e Daniel Bragança

Da sua passagem pela equipa de sub-23 do Sporting, Alexandre Santos destaca o contacto “com jogadores de qualidade, como Matheus Nunes e Daniel Bragança”, que estão na primeira equipa do Sporting, treinada por Rúben Amorim que foi seu jogador em dois dos clubes onde trabalhou com José Peseiro: “Agrada-me o que ele tem feito como treinador, o que ele tem conseguido fazer”.

Alexandre Santos, de 45 anos, é mais um treinador português a ter o objetivo de deixar a marca do seu trabalho além-fronteiras. Em Angola tenta reerguer desportivamente o gigante Petro de Luanda. O objetivo principal passa por conquistar o título de campeão angolano que foge desde 2009.ão angolano que foge desde 2009.

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