31 mai, 2021 - 09:47 • Redação
Zinedine Zidane não sentia apoio, nem confiança, da direção do Real Madrid e essa foi uma das razões que pesaram na sua decisão de deixar o clube. Numa mensagem de despedida dirigida aos adeptos, e publicada pelo jornal "AS", o treinador francês ressalva que não pedia tratamento privilegiado. "Pedia memória", diz.
"Saio porque sinto que o clube já não me dá a confiança que necessito. Não me dá o apoio para contruir algo a médio ou a longo prazo. Conheço o futebol e a exigência de um clube como o Real Madrid e seu que aundo não ganhas tens de sair. Mas aqui esqueceram-se de uma coisa muito importante. Esqueceram-se de tudo o que construído no dia a dia", lamenta.
Zidane reforça que não queria ter um tratamento diferenciado, mas não esconde que gostaria que a relação com o presidente, Florentino Pérez, nos últimos meses "tivesse sido um pouco diferente". "A vida de um treinador num grande clube, atualmente, são duas épocas, não é muito mais do que isso. Para que dure mais tempo são importantes as relações humanas. Isso é mais importante do que o dinheiro, do que a fama. Há que cuidar das relações", sublinha.
O treinador assume mágoa pelas notícias da sua saída imenente, a cada desaire do Real. "Doía-me a mim e a toda a equipa, porque era mensagens infiltradas intencionalmente nos meios de comunicação", acusa.
Zidane fecha a carta enviada ao "AS" com a salvaguarda do seu amor pelo clube e também com uma mensagem aos jornalistas que acompanharam as suas conferências de imprensa, desejando que muitas das conversas tivessem sido sobre futebol e não sobre as polémicas.
O treinador francês, antigo jogador do Real, de 48 anos,deixou o clube, após uma época sem títulos e em que lutou até à última jornada pelo campeonato espanhol, vencido pelo Atlético de Madrid. Zidane nunca treinou outro clube, além do Real Madrid.