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"Um jogo icónico". Mourinho lamenta incidente no PSG-Basaksehir

09 dez, 2020 - 15:46 • Redação

Treinador português mostrou-se muito triste pelo episódio racista no jogo da Liga dos Campeões: "Não queremos isto no futebol".

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José Mourinho, treinador do Tottenham, mostrou-se muito triste pelos eventos racistas que decorreram no jogo entre o Paris Saint-Germain e o Basaksehir, jogo interrompido aos 15 minutos. O técnico português acredita que se tornará num jogo icónico para o futebol.

"Um jogo que para aos 15 minutos por um motivo tão triste só pode tornar-se icónico. Espero que não volte a acontecer. Mas sim, como uma pessoa do futebol, lamento muito, mesmo muito que isso aconteça no meu desporto", começou por dizer, em conferência de imprensa.

O treinador diz que o racismo tem de ser combatido e espera não ver mais episódios no futebol. Mourinho diz que conheço apenas o árbitro, ao qual deixa elogios, e espera mais respostas do quarto árbitro.

"Situação muito triste. Todas as formas de racismo têm de ser combatidas e nunca aceites. Estou muito triste, claro, não queremos isto no futebol. Conheço pessoalmente o árbitro, não o quarto árbitro. É uma pessoa muito boa, um árbitro muito bom. Estar envolvido, indiretamente, no jogo que se tornará bastante icónico não é uma coisa boa. Em relação ao quarto árbitro, só ele pode falar. Cometeu um erro inaceitável", termina.

Depois de cerca de duas horas interrompido, em que ainda foi tentado que as equipas voltassem ao relvado, foi decidido que a partida se realizasse na quarta-feira, disse à AFP um dirigente do clube turco.

"O jogo retomará na quarta-feira, no momento em que foi interrompido", disse aquele responsável, acrescentando que "as condições não estavam reunidas" para que terminasse no dia.

O incidente ocorreu aos 14 minutos do jogo, quando o quarto árbitro, o romeno Sebastian Costantin Coltescu, deu sinal ao árbitro principal, o seu compatriota Ovidiu Hategan, para expulsar o treinador adjunto do Basaksehir Pierre Webo, tendo este se queixado que o elemento da equipa de arbitragem utilizou a expressão 'negro', recusando-se a sair do campo e questionando: "Where is the 'negro'? (Onde está o 'negro')."

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