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FIFA poderá vetar redução salarial sem acordo com jogadores

05 abr, 2020 - 14:56 • Reuters

Organismo que tutela o futebol mundial vai definir diretrizes para a redução salarial dos jogadores e equipas técnicas. Contratos que terminem a 30 de junho deverão ser prolongados até ao fim da temporada.

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A FIFA poderá vetar reduções salariais de jogadores e equipa técnica, caso estas sejam tomadas de "má-fé e de forma unilateral pelos clubes". O organismo vai definir diretrizes para a redução salarial dos jogadores, numa altura em que o futebol está suspenso em praticamente todo o mundo.

A questão dos cortes salariais tem causado polémica principalmente em Inglaterra, com o sindicato de jogadores e recusar a redução salarial proposta. Em Espanha e Alemanha, vários clubes já anunciaram a redução salarial, com consentimento dos jogadores.

A FIFA quer criar regras para que os clubes possam reduzir os salários dos jogadores de forma justa para os mesmos, mas que assegurem a sua saúde financeira, numa altura de redução drástica de receitas.

De acordo com um documento interno da FIFA a que a Reuters teve acesso, o organismo máximo do futebol mundial vai apenas aceitar cortes "proporcionais" e pretende que não existam descrepâncias acentuadas dentro do mesmo clube e da mesma liga. A FIFA apela para que ligas, clubes e jogadores cheguem a um acordo comum.

Nos casos em que não seja possível chegar a um acordo entre as diversas partes envolvidas, e em que "a lei nacional não seja passível de ser aplicada", as decisões unilaterais de alteração de contratos só vão ser reconhecidas se forem consideradas razoáveis pela Câmara de Resolução de Litígios (DRC) da FIFA.

Para considerar uma decisão unilateral como razoável, a FIFA terá em conta a situação financeira do clube, a proporção do salário reduzida, o salário líquido do jogador após a redução, se a decisão se aplica a todo o grupo de trabalho ou apenas elementos específicos e se o clube tentou chegar acordo de boa-fé.

Contratos serão prolongados até final da época

A FIFA vai também esclarecer a situação contratual dos jogadores e treinadores. Todos os contratos que terminarem no dia 30 de junho de 2020 deverão ser alargados até ao final da presente temporada, de forma a evitar alterações drásticas nas equipas em julho, mês em que muitas provas devem ser concluídas.

Nesse sentido, o mercado de transferências também não deverá abrir a 1 de julho e será reajustado entre o fim dos campeonatos e o recomeço dos mesmos.

O grupo da FIFA que está a trabalhar em medidas para mitigar o impacto da Covid-19 no futebol conta com membros da FIFA, das federações nacionais, da Associação Europeia de Clubes e membros da FIFPro.

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