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Roberto Martínez

Lesões de Inácio e do "treinador" Dias são "oportunidade para os jogadores novos"

08 nov, 2024 - 13:30 • Inês Braga Sampaio

Roberto Martínez também admite que, neste momento, Renato Veiga está à frente de Toti Gomes. Grande objetivo, frente a Polónia e Croácia, é ganhar e melhorar no último terço.

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Roberto Martínez continua a querer distribuir oportunidades na seleção nacional por jogadores jovens e, agora, os beneficiários são Nuno Tavares, uma estreia em convocatórias, e o regressado Tiago Djaló.

O lateral da Lazio e o central do FC Porto são as grandes novidades da lista de 26 jogadores, com vista à receção à Polónia e à visita à Croácia, a contar para as duas últimas jornadas da fase de grupos da Liga das Nações. Também se destacam o central do Benfica Tomás Araújo, que é pela primeira vez chamado de origem (na estreia, foi para substituir António Silva), e do médio do Manchester City Matheus Nunes.

Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, Martínez explica as entradas de Tavares e Djaló na lista com as lesões de Rúben Dias e Gonçalo Inácio, que abriram a espaço a que outros jogadores se mostrem.

"O Tiago Djaló é um central muito interessante. Acompanhámo-lo no Lille. Teve uma lesão, mas a sua fisicalidade pode ser muito importante. Com a lesão de Rúben Dias e Gonçalo Inácio, abre-se uma oportunidade. Perdemos 200 internacionalizações nos últimos três meses, com o Pepe e o Rúben. É um desafio interessante para os mais jovens, como o Renato Veiga e o Tomás Araújo. É uma oportunidade para os jogadores novos. Também é fácil compreender o Nuno Tavares, que tem uma fisicalidade e umas condições especiais e teve um início de época com a sua equipa espetacular e pode ser um grande contributo para a seleção", diz.

Sem Toti, mas com Veiga e António Silva


Quem não entrou na lista foi Toti Gomes, que está a ser aposta no Wolverhampton, ao contrário de António Silva e João Félix, apesar de serem segundas linhas nos respetivos clubes.

"O António Silva em todos os jogos com a seleção teve desempenhos de alto nível e faz parte de crescer e poder sentir que o seu papel na seleção é importante. O João Félix tem uma qualidade incrível, temos outros jogadores na sua posição, mas gosto da sua qualidade entrelinhas, em espaços reduzidos. É um jogador diferente e de que precisamos na seleção", explica Martínez, que também admite que preferiu outro central a Toti: "O início de época do Renato Veiga ficou à frente do Toti Gomes. O Renato agarrou a oportunidade, esperamos que o Toti continue a bater à porta da seleção."

Martínez não se poupa nos elogios a Rúben Dias, um jogador "muito importante, que é liderança e comunicação, um treinador no relvado, um jogador chave, que comunica com os jovens". Contudo, frisa também que Portugal "tem de continuar a ganhar jogos" sem o central do City.

A chamada de cinco laterais explica-se com a necessidade de polivalência, em que também se inclui Veiga: "O Renato Veiga pode jogar a central e a trinco. O Dalot e o Nuno Mendes podem jogar a centrais e laterais. Com equipas com linhas de cinco, precisamos de jogadores por fora. Gostei muito do desempenho do Dalot como central frente à Polónia. Jogadores como o Tiago Djaló podem ser importantes para o futuro. Temos o desafio de substituir o que o Rúben Dias, que é um jogador excecional, estava a fazer. Gostamos deste desafio."

Trabalhar a eficácia no último terço


Outra das prioridades para o selecionador, neste estágio, é trabalhar a finalização, aspeto em que Portugal falhou muito no único empate que averbou, diante da Escócia, na última jornada. Também por isso chamou Pedro Neto e Pote, "jogadores de segunda linha com muita capacidade que podem chegar à área e finalizar oportunidades".

"Queremos ganhar e apurar-nos [para a Final Four da Liga das Nações], mas o foco é crescer. Depois do Euro, estamos a crescer muito, conseguimos abrir as portas da seleção a maior competitividade e estamos a ganhar. Abrir a competitividade, continuar a trabalhar, melhorar no último terço. Estamos a crescer, agora o último terço é o mais importante, o que podemos fazer em frente à baliza", assinala.

Nesse sentido, Roberto Martínez faz uma observação curiosa: considera que "o ponta de lança é um perfil de jogador que não é fácil de encontrar" em abundância, na formação em Portugal. Também por isso está atento a dois jovens, um que joga em Espanha e outro na Alemanha.

"Há jogadores interessantes, a sair dos sub-21, como o Fábio Silva [da UD Las Palmas], estou a gostar muito do seu percurso, o Tiago Tomás [do Wolfsburgo], um perfil diferente e que está a crescer muito", comenta o selecionador.

Portugal lidera o grupo A1 da Liga das Nações, ao fim de quatro jogos (duas vitórias e um empate), com dez pontos, mais três que a Croácia, segunda classificada. A Polónia é terceira, com quatro pontos, e a Escócia última, com um. A equipa das quinas pode garantir o apuramento para a Final Four já na próxima jornada, se não perder por mais de dois golos com a Polónia ou se a Croácia for derrotada pela Escócia. Caso contrário, o último encontro, no terreno dos croatas, será decisivo.

Portugal recebe a Polónia na próxima sexta-feira, 15 de novembro, às 19h45, no Estádio do Dragão, e visita a Croácia três dias depois, à mesma hora, em Split. Jogos com relato em direto e acompanhamento na app da Renascença e em rr.pt.

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