14 out, 2024 - 17:33 • Inês Braga Sampaio
Roberto Martínez assume que os 11 jogadores da seleção portuguesa que entrarão em campo frente à Escócia, na terça-feira, não serão os mesmos que começaram de início na Polónia, no sábado.
Em conferência de imprensa de antevisão da partida da fase de grupos da Liga das Nações, esta segunda-feira, o selecionador nacional salienta que, com 26 jogadores e duas partidas em 72 horas, há que "tomar decisões sobre quem começa e acaba o jogo". Renato Veiga, titular na Polónia, deverá ser um dos preteridos, pelas palavras de Martínez.
"Nós temos outros centrais, temos de gerir os jogadores e utilizar os que têm boa energia. Há jogadores que fizeram um esforço espetacular contra a Polónia e, amanhã [quarta-feira], precisamos de jogadores com frescura, sem arriscar lesões. Gostei muito do que o Renato fez, mostrou que há competitividade no plantel nessa posição, mas os minutos devem ser em qualidade, não em quantidade", salienta o técnico espanhol.
Não será de esperar ver Renato Veiga no onze inicial de Portugal frente à Escócia, em Hampden Park, na quarta-feira, às 19h45. Jogo com relato e acompanhamento da Renascença exclusivamente online, em rr.pt.
O ambiente do Hampden Park: "Faz parte do desafio disputar jogos fora de casa. Não é fácil disputar dois jogos fora de casa em 72 horas, em estádios esgotados. O ambiente em Hampden é ainda mais forte que na Polónia, ajuda muito a equipa da casa. A Escócia derrotou a Espanha, é uma equipa que está a crescer, que acredita muito em si. Temos de mostrar a nossa personalidade, porque Hampden é um estádio que precisas de conquistar antes de ganhar o jogo."
Escócia: "É uma equipa competitiva, que dá tudo até ao fim, que tem jogadores com muita qualidade técnica na zona central, com ataques rápidas, muito física, que pode utilizar a bola parada. Temos muito respeito pela Escócia. Os resultados não mostram o que eles fizeram até agora."
Renato Veiga titular depois da estreia positiva? "Não necessariamente. O importante agora é acrescentar ao grupo um número de jogadores que podem ajudar a seleção. O Renato fez isso, mostrou que é um jogador com um futuro incrível e com um presente já para ajudar, como fez na Polónia. Nós temos outros centrais, temos de gerir os jogadores e utilizar os que têm boa energia. Há jogadores que fizeram um esforço espetacular contra a Polónia e, amanhã [quarta-feira], precisamos de jogadores com frescura, sem arriscar lesões. Gostei muito do que o Renato fez e mostrou que há competitividade no plantel nessa posição, mas os minutos devem ser em qualidade, não em quantidade."
Florentino Luís: "Florentino é um jogador com um talento de que gostamos muito, acompanhamo-lo desde que cheguei à seleção. [Quando disse que os jogadores têm de ter vontade de jogar por Portugal] falei dos jogadores em geral que podem representar diferentes seleções. Disse que é importante que os jogadores tenham o sentimento de querer representar a seleção. Não estava a falar do Florentino. A informação que tenho do Florentino é de que ele gosta de jogar por Portugal, como já fez nas seleções jovens. Há que continuar o processo, mas sem dúvida que tem as qualidades para jogar pela seleção."
Condição física de Cristiano Ronaldo, aos 39 anos: "A idade de um jogador não joga. Ronaldo não trabalha como um jogador de 39 anos e ainda menos joga como um jogador de 39 anos. Avaliamos os jogadores na forma como jogam. A dificuldade de fazer dois jogos fora de casa está em como planear cada jogo e como recuperar os jogadores. Temos 26 jogadores e temos de tomar decisões sobre quem começa e acaba o jogo. Não tenho dúvidas de que, depois de ter jogado 60 minutos na Polónia, o Ronaldo poderá estar envolvido neste novo jogo. Ele está a trabalhar para ajudar a equipa a ganhar. É um exemplo pelos golos que marca, pelos títulos que conquistou. É muito fácil geri-lo. Podemos todos aprender com ele."