09 out, 2024 - 17:20
O defesa Renato Veiga está, novamente, nos eleitos Roberto Martinez para a jornada dupla da Liga das Nações, mas ainda espera a sua primeira internacionalização.
Expectativas para o jogo com a Polónia? Em que posição pode ser mais útil?
"A expectativa é dar o meu melhor, aproveitar e desfrutar ao máximo. Focar-me no que controlo e o resto deixar para quem controla. Sinto-me bem em diversas partes do campo. No Chelsea já joguei a lateral, a central, a médio mais defensivo, também a médio mais interior. É onde o mister achar que devo jogar. Assim o farei se for chamado para jogar".
Ainda procura a primeira internacionalização
"Foco-me a cada treino, tento dar o meu melhor. Sou um jovem que vive muito o dia-a-dia. Tento ser melhor todos os dias e, depois, as consequências do trabalho vêm. Todos podem ser utilizados e isso cabe ao mister decidir. Temos de dar o nosso melhor para ganhar cada jogo"
Caminhada no Sporting. Até que ponto o seu pai [Nélson Veiga] o ajudou?
"O Nelson, a Tânia, que é a minha mãe, os meus irmãos, avó. Sou um felizardo por ter um grande apoio em casa, isso é muito importante para qualquer jovem seja dentro ou fora do futebol. Tenho muita sorte, ajudam-me bastante. Fiz o meu percurso no Sporting, depois não fui aposta no momento e decidi sair. Fiz o meu caminho por fora e cá estou. Ainda há muito para percorrer, mas estou orgulhoso do meu percurso, sabendo que ainda há um longo caminho a percorrer para chegar onde quero".
Há dois anos, estava a jogar no Sporting B. Agora no Chelsea e na Seleção
"Até me arrepio, sinceramente. Sou alguém que trabalha muito e que quer muito atingir os objetivos. Pode-se dizer que foi rápido, mas se calhar não senti isso porque passei vários momentos bons e menos bons. Não foi fácil sair do lado da minha família para ir para a Alemanha, depois Suíça e agora Inglaterra. Fez-me crescer muito. Estou muito feliz e orgulhoso pelo meu percurso"
Seleção?
"No dia em que for chamado, se assim acontecer, é o meu trabalho diário, o que tenho feito. O resto é aprender com os mais experientes, com os menos experientes. Sou uma pessoa muito aberta a conselhos. Temos um grupo fantástico, os mais experientes gostam de ajudar os mais jovens. Estamos sempre abertos a isso e muito felizes por ter esse pessoal com tanto arcaboiço a receber-nos tão bem. Tentamos absorver tudo de bom".
Como foi a primeira chamada?
"Passou-me pela cabeça o meu avô, que infelizmente já não está cá e fez muito por mim desde que sou jovem. O meu avô Zé. Também não me vou alongar muito. Acho que era bonito passar aqui e deixar-lhe uma mensagem e dizer o quão grato estou por tudo o que fez por mim. Tenho a certeza que me está a ver e tudo isto é por ele também e pela minha avó que está cá".
Falhou no Sporting?
"Não digo que algo falhou. Cada jogador tem o seu percurso. Estou muito grato ao Sporting pelas 13 épocas que vivi. Na altura, o mister Rúben Amorim decidiu não apostar em mim e fiz o meu percurso lá fora. Estou grato por isso. Talvez não estivesse cá desta forma. Regressar? Vivo o dia-a-dia. Tenho um carinho muito especial pelo Sporting, mas agora estou muito contente por estar no Chelsea".
Calendário cada vez mais apertado
"São coisas que não controlamos, apenas nos limitamos a fazer o nosso trabalho. Para os jovens, estamos cheios de vontade de jogar, quanto mais jogos melhor. Mas que é verdade que o calendário está sempre mais preenchido e que é preciso ter atenção à saúde dos jogadores, é algo a ter em conta".
Juventude no centro da defesa
"Hoje em dia vê-se cada vez mais jovens a emergir no futebol ao mais alto nível. Creio que a idade é só um número, o que importa é o rendimento. Damo-nos todos muito bem. Estou muito contente por estar aqui, quero aprender ao máximo e mostrar o meu valor. Que Portugal ganhe os dois jogos que tem pela frente".
A seleção portuguesa vai defrontar Polónia (12 de outubro) e Escócia (15 de outubro), ambos às 19h45, em mais duas jornadas da Liga das Nações.