08 out, 2024 - 12:55 • Rui Viegas
"O Tomás Araújo está a ter um começo de época espetacular, mas não queremos queimar etapas". A justificação do selecionador para a não-chamada do central, que hoje é titular do Benfica, foi dada na passada sexta-feira aquando do anúncio da lista para os jogos com Polónia e Escócia. Todavia, as palavras utilizadas por Roberto Martínez também em relação a Tiago Santos e Quenda caíram por terra quatro dias depois, com a subida de Araújo ao grupo maior, em face da dispensa do lesionado Gonçalo Inácio.
Haverá aqui uma contradição do técnico da equipa das quinas? António Oliveira, antigo treinador do defesa de 22 anos, acha que não. E observa este como um "movimento normal".
Guarda-redes do Farense e médio do Maiorca são as (...)
"Não acho que ele esteja a queimar nenhuma etapa. É a sequência lógica do trabalho do Tomás na Federação Portuguesa de Futebol, indo buscar-se um jogador dos sub-21 e que, curiosamente, é titular da sua equipa. Para muitos pode parecer uma contradição, mas para mim é uma situação perfeitamente normal", adianta Oliveira, em declarações a Bola Branca, reforçando que Tomás Araújo "já conviveu nos sub-21 com jogadores que estarão com ele agora nos AA e por isso, mais tarde ou mais cedo, isto ia acontecer".
Treinado pelo ex-Corinthians na equipa B das águias (2021/22), tal como António Silva, Tomás Araújo esteve na época seguinte cedido pelos encarnados ao Gil Vicente. Uma escala importantíssima para o jovem jogador, na opinião do técnico. Sobretudo no campo mental.
"Emocionalmente, o Tomás Araújo cresceu muito no Gil Vicente e esse era o ponto chave que lhe faltava. Tudo o resto estava lá", finaliza Oliveira.