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Fernando Santos

Empatar os três primeiros jogos e ser campeão do mundo? "Assinávamos todos por baixo"

23 nov, 2022 - 12:49 • Inês Braga Sampaio

Fernando Santos explica o que mudou desde os insucessos no Mundial 2018 e Euro 2020. Seleção nacional assume ambição de vencer o Mundial 2022, mas está ciente das dificuldades.

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Fernando Santos e toda a seleção "assinavam por baixo" empatar os três jogos na fase de grupos e vencer o Mundial 2022. O selecionador nacional acredita mais no sucesso agora, no Qatar, do que quando Portugal competiu no Mundial 2018 e no Euro 2020, e explica porquê.

Em conferência de imprensa, o selecionador nacional assume a importância de vencer o primeiro jogo, "porque é o primeiro e porque é o próximo". Porém, salienta que não ganhar ao Gana não será dramático.

"Já empatei os três primeiros jogos e ganhei o Europeu. Todos nós assinávamos por baixo. Mas é um risco muito grande", destaca.

Fernando Santos avisa que, hoje em dia, todas as equipas na fase final são muito fortes e que já não se nota tanto a diferença a nível tático entre as seleções europeias e africanas. Ainda assim, confia que Portugal vencerá e não esconde o sonho de conquistar o Mundial 2022:

"Não há nenhuma equipa, nenhum treinador, nenhum jogador que não tenha pelo menos o sonho. Nós temos o sonho e eu acredito que temos a capacidade. Não somos arrogantes, não achamos que somos os melhores do mundo, mas confiamos na qualidade da nossa equipa."

Para vencer, a palavra mais importante, e que está escrita na sala de palestras da seleção nacional, revela Fernando Santos, é "nós". É precisamente essa a grande diferença que o selecionador nota em relação aos insucessos no Mundial 2018 e no Euro 2020 (realizado em 2021).

"O Mundial 2018 veio a seguir a um incidente [ataque à Academia do Sporting] em que seis, sete jogadores que chegaram à Rússia sem clube. Todos falavam nisso, todos nós acabámos por falar nisso. É perfeitamente normal, as vidas estão em jogo. O ambiente era muito bom, mas desviou um bocadinho as atenções. foi difícil", confessa.

No Euro 2020, em plena pandemia da Covid-19, as restrições impostas em termos de contactos e proximidade prejudicaram o "espírito de união".

Por isso mesmo Fernando Santos acredita mais, agora, na glória. Contudo, recusa-se a traçar um objetivo inequívoco: "Não pus um 'target'. Propomo-nos a dar uma enorme alegria aos portugueses."

Portugal prepara a estreia no Mundial do Qatar frente ao Gana, marcada para quinta-feira, às 16h00, no Estádio 974. Jogo com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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