06 out, 2022 - 21:30
A seleção feminina de futebol apurou-se para o segundo “playoff” de qualificação para o Mundial 2023, ao vencer por 2-1 a Bélgica.
O selecionador Francisco Neto considerou que "Portugal foi muito competente, a saber estrategicamente o que tinha de fazer”.
“Reconhecemos os pontos fortes da Bélgica e conseguimos anulá-los. Procurámos também dominar o jogo com bola. Quando não fomos tão competentes na pressão, a Bélgica criou-nos alguns problemas. Mas quem viu este jogo percebe que o vencedor só poderia ter sido Portugal", referiu o técnico nacional.
"Depois de sofrermos o golo, o público puxou por nós. Acreditou sempre. Foi fundamental. Tivemos um canto logo a seguir e estivemos sempre por cima do jogo. Tudo aconteceu de forma natural. Claro que a expulsão [da belga Amber Tysiak, aos 88 minutos] marca um bocadinho o jogo, mas o golo [do 2-1] surgiu logo a seguir. Não aconteceu por desorganização da Bélgica. Sou um privilegiado por liderar uma seleção com esta maturidade", continuou.
Neto acrescentou: “Só estava surpreendido com a seleção quem não a tem visto jogar. Este vai ser o nosso 'ADN' para sempre. Temos vindo a criar isto ao longo destes anos, em conjunto com os clubes: esta crença e esta qualidade individual das jogadoras, que nos favorece imenso. Vamos ser sempre competitivos. Não há quem ganhe sempre, mas queremos andar na onda de quem ganha mais vezes”.
A equipa das quinas vai agora defrontar a Islândia, em jogo do segundo “play-off” de apuramento, agendado para terça-feira, às 18h00, em Paços de Ferreira.
“O próximo jogo [no segundo 'play-off'], com a Islândia, vai ter características muito diferentes. É uma equipa ainda mais física do que a Bélgica, que vai querer assumir mais o jogo e pressionar mais alto. Tem jogadoras em grandes clubes, capazes de resolverem um jogo, e a vantagem de não ter jogado hoje, mas temos algum tempo de recuperação até terça-feira", explicou o técnico.
Os golos foram apontados por Diana Silva e Fátima Pinto.