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Benfica

Bruno Lage lamenta falta de "paciência" dos jogadores hoje em dia. "Desistem de lutar"

10 jan, 2025 - 17:38 • Inês Braga Sampaio

Treinador do Benfica lança aviso aos menos utilizados, para que se preparem devidamente, de forma a conseguirem aproveitar as oportunidades, e aborda o futuro de Rollheiser e Prestianni.

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Bruno Lage lamenta a "falta de paciência" dos jogadores e seus agentes, hoje em dia, para reagir à adversidade e lutar por um lugar.

Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, de antevisão da final da Taça da Liga, frente ao Sporting, o treinador do Benfica foi questionado sobre Benjamín Rollheiser e Gianluca Prestianni, que pouco jogam e cujos agentes, de acordo com a imprensa, estão atentos, para uma eventual saída. Para Lage, há um problema com a nova geração.

"Muitas das vezes, os jogadores desistem de lutar por uma posição. Hoje em dia, querem que aconteça tudo muito rápido. Há 20 ou 30 anos, as coisas aconteciam mais devagar. Quando as oportunidades apareciam, apareciam. Os jogadores tinham mais paciência, os seus agentes tinham mais paciência para lutar contra a adversidade", observa.

Lage vinca que não se pode educar "estes miúdos novos a, na primeira dificuldade da vida, saírem daqui para outro lado". Senão, farão sempre "a mesma coisa" e culparão outros, em vez de fazerem auto-avaliação:

"Não estão a jogar por culpa de A, B ou C, e esquecem-se de olhar para o que podem fazer a cada momento. Enquanto treinador, nunca fujo a desafios. Esta é a exigência de clube grande. Temos de ajudar toda a gente a adaptar-se, a vir da grandeza de clubes para a grandeza de exigência do que é jogar no Benfica e jogar de três em três dias."

Schjelderup "correspondeu". E os outros?

Bruno Lage assume que há "um conjunto de jogadores que não estão a ser solução" e dá o exemplo de Andreas Schjelderup, que "correspondeu" quando foi lançado a titular na meia-final, frente ao Braga.

O treinador do Benfica espera que os menos utilizados "tenham a preparação indicada", para que, quando surja a oportunidade, consigam "justificar que podem jogar, quer de início, quer a sair do banco".

"Têm de preparar-se bem, perceber a estratégia e, emocionalmente, estar preparados para jogar numa equipa que quer vencer troféus e, muitas vezes, só tem dois dias de intervalo entre jogos. Estamos cá para ser exigentes com todos, para estarem dispostos a jogar. Temos um plantel com várias opções. Têm de se mostrar disponíveis para corresponder às expetativas, minhas e do clube, que vêm da força dos adeptos, porque jogar no Benfica é isto mesmo", sublinha, em jeito de recado.

Um aviso para os jogadores menos utilizados, como Rollheiser e Prestianni, antes da final da Taça da Liga, frente ao Sporting, que se jogará no sábado, às 19h45, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Jogo com relato em direto e acompanhamento na Renascença.

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