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Benfica

Bruno Lage: "De nada vale os adversários perderem pontos se não conquistarmos os nossos"

06 dez, 2024 - 15:26 • Inês Braga Sampaio

Treinador desvaloriza o facto de o Benfica só depender de si para chegar à liderança do campeonato ainda em 2024. Sobre o Vitória de Guimarães, Lage espera um jogo "difícil".

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Bruno Lage quer que a equipa do Benfica mantenha a humildade e não pense já na liderança, porque "de nada vale" que Sporting e FC Porto percam pontos se os encarnados não ganharem os seus jogos.

Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, o treinador desvaloriza o facto de o Benfica só depender de si próprio subir a líder já em 2024.

"Ainda agora começámos o mês de dezembro, ainda temos 12 pontos para disputar até chegar ao jogo com o Sporting. O que é importante neste momento é percebermos que não vale de nada os adversários perderem pontos se nós não conquistarmos os nossos", sublinha Lage.

O Benfica recebe o Vitória de Guimarães no sábado, às 18h00, no Estádio da Luz, a contar para a 13.ª jornada do campeonato. Encontro que contará com relato em direto e acompanhamento na Renascença.

Antevisão ao jogo: "Um adversário muito competente. É fantástico o trabalho que o Vitória tem feito esta época, quer na liga, quer nas competições internacionais. Tivemos oportunidade de ver alguns jogos e vê-se que é uma equipa de enorme qualidade individual e coletiva. Jogar com nomes como Bruno Varela, Bruno Gaspar, Tiaguinho - que agora é Tiago Silva e capitão de equipa -, Nuno Santos e Nélson Oliveira revela a qualidade da equipa. É uma equipa muito bem organizada, com uma grande dinâmica e, como tal, espero um adversário difícil e que nos obriga a estar no nosso melhor. Foi uma boa semana de treinos, por isso estamos confiantes de que a equipa se apresenta no seu melhor, ainda para mais com o apoio dos nossos adeptos, com o estádio cheio.”

Acredita que chegar à liderança ainda em 2024? "Ainda agora começámos o mês de dezembro, ainda temos 12 pontos para disputar até chegar ao jogo com o Sporting. O que é importante neste momento é percebermos que não vale de nada os adversários perderem pontos se nós não conquistarmos os nossos. Esse tem de ser o nosso foco. O nosso foco tem de ser naquilo que temos vindo a fazer para vencer o jogo.”

Face à contestação que existe nos rivais, qual é o sentimento que tem agora? "É não pensar nisso, é olhar para o que é nosso e para a evolução que temos de fazer. O que é determinante neste momento é percebermos isto, repito: de nada vale os adversários perderem pontos se nós não ganharmos os nossos. Mantenho a ambição que expressei recentemente, porque é legítimo termos essa ambição, é o que queremos, é para isso que trabalhamos, mas temos de nos manter humildes e focados no jogo de amanhã.”

Bons resultados dão crédito para pedir “prendas” a Rui Costa? “Sobre o plantel e a equipa a entrar amanhã, é percebermos o momento de cada jogador, o momento da equipa e tentar antecipar qual o melhor onze para fazermos uma boa exibição amanhã. Fizemos uma boa semana de treinos, o que também é importante para conhecermos melhor os jogadores menos utilizados, e estamos muito satisfeitos com o que vamos fazendo e com as oportunidades que os jogadores vão tendo para jogar, para treinar e para os conhecer melhor.”

No Botafogo era líder e não foi campeão: "Já me fez ganhar uma aposta [risos]. Só para reafirmar algo que já disse, nós quando saímos do Botafogo deixámos a equipa em primeiro lugar com oito pontos de avanço, por isso não fomos nós que desperdiçámos o campeonato. Mas não fujo à responsabilidade do que vivemos durante dois meses e meio. Foi uma experiência fantástica para todos nós, já várias pessoas falaram sobre esse assunto. O que é importante neste momento é perceber que o Botafogo cresceu muito desde esse momento. Aproveito para dar os parabéns ao staff, aos jogadores, ao dono. Venceu a Libertadores e está a um ponto de vencer o campeonato. Sobre nós, nós temos a nossa ambição, é para isso que trabalhamos, sabemos o que queremos, mas neste momento o foco é o jogo de amanhã.”

Oito trocas de treinadores na I Liga: "Não é o campeonato português, é o futebol português. O meu filho, com nove anos, joga numa equipa que de cinco ou seis jogos só venceu um e o treinador também já foi substituído, e estamos a falar de meninos de nove e dez anos. Isto é o futebol português. O mais importante é o que fazemos a cada momento, por isso, concentro-me no que podemos fazer e não adianta olhar para trás, para recordes ou títulos que já conquistámos. E no futuro, não vale a pena olhar muito mais à frente do que o jogo seguinte. O que tentamos passar aos jogadores é que quando estamos num bom momento, o que pretendemos é juntar mais boas exibições. Por isso tenho dito: neste momento, muita humildade e perceber o que temos de fazer a cada momento – e o momento é já o jogo de amanhã".

Palavra "reconquista" é o mote desta temporada ou tem uma nova? "Não sei se há palavra, mas o que sentimos é que há um trabalho de equipa muito grande. Tenho dito e é aquilo que os nossos jogadores devem sentir, que é, todos contam. Todos têm contado e todos têm contribuído para o nosso momento. Os nossos adeptos têm sido incansáveis, por isso, também eles contam para nos ajudarem. O que aconteceu no jogo com o Estrela da Amadora, com o Arthur [Cabral], e ele passados três dias faz um golo que nos vale três pontos... Os jogadores saltarem do banco e poderem ajudar a equipa e ter os três pontas de lança a marcar golos… É esse o sentimento que quero, os jogadores já perceberam isso. Reforço o almoço que eles tiveram há três dias para celebrar o aniversário do Zeki [Amdouni]. Também é importante, alguém que está fora do seu país, não tem aqui os amigos e eles reuniram-se para comemorar esse aniversário. É um sentimento de união, de equipa e de que todos contam.”

Balneário está mais motivado e como se evita a euforia? "Os jogadores têm experiência suficiente para saberem viver os momentos bons e os menos bons. Tem de haver sempre um equilíbrio. As coisas acontecem tão rapidamente e a competir de três em três dias, que não há muito espaço nem tempo para pensar no que se passa lá fora. O importante é aqui. Para mim, a forma que encontro para estar, eu, focado sempre, concentrado, e manter a equipa técnica e os jogadores concentrados, é no trabalho. Temos ainda um longo caminho para fazer para que eu sinta que a equipa controla o jogo como eu gosto. Tivemos a oportunidade de fazer dois treinos para trabalhar algumas coisas em que sinto que podemos fazer. É esse o caminho que temos de fazer. Focado na tarefa, no trabalho, na evolução da equipa. É assim que temos de nos orientar, assim vamos ganhar mais vezes e chegar aos objetivos que temos.”

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