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Caso dos e-mails

Ministério Público pede afastamento do Benfica das competições desportivas

15 out, 2024 - 15:02 • Inês Braga Sampaio

Em causa a acusação da SAD encarnada e do seu ex-presidente, Luís Filipe Vieira, no caso dos e-mails.

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O Ministério Público (MP) pede que o Benfica seja suspenso de todas as competições desportivas, no âmbito do caso dos e-mails.

A SAD do Benfica e o seu ex-presidente, Luís Filipe Vieira, assim como o antigo assessor jurídico encarnado Paulo Gonçalves e a SAD do Vitória de Setúbal, vão a julgamento a propósito do processo, por alegada falsificação de negócios de vendas e empréstimos de jogadores.

No despacho, a que a Renascença teve acesso, o MP pede que, pelo alegado crime de corrupção ativa, a SAD do Benfica seja punida com "suspensão de participação em competição desportiva".

O MP endente que os alegados ilícitos de que acusa a SAD encarnada incorrem em "grande violação" do dever de "pugnar pela integridade, verdade, lealdade e correção da prática desportiva". Pede que a suspensão seja, também, estendida ao Vitória, que se encontra, atualmente, a disputar as distritais de Setúbal.

Vieira, Gonçalves e as SAD de Benfica e Vitória estão acusadas pelo MP dos alegados crimes de corrupção em concurso com participação económica em negócio e fraude fiscal, devido a uma alegada simulação de compra e venda de jogadores com o suposto objetivo de injetar dinheiro no clube sadino, que atravessava grandes dificuldades financeiras, entre 2016 e 2019.

Alega a acusação que Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves desviaram vários milhões de euros do Benfica, através de negócios fictícios nas transferências de três jogadores brasileiros. O ex-presidente encarnado é considerado o "mentor" de um esquema que teria como suposto objetivo subverter a verdade desportiva através do controlo de outros clubes, que por sua vez facilitariam em jogos frente às águias. A SAD do Vitória responde igualmente por recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal.

Duas das contratações investigadas foram as de Marcelo Hermes e Daniel dos Anjos. Dois jogadores livres, cujo valor de mercado conjunto não ultrapassava os 725 mil euros, mas pelos quais o Benfica teria gastado 4,25 milhões em comissões.

Também estão abarcados pela acusação Adolfo Oliveira e Francisco Gomes de Oliveira, responsáveis da Olisport. Já Rui Costa, atual presidente das águias, não foi criminalmente responsabilizado pelo MP, que entende que o antigo jogador não teria conhecimento dos alegados atos praticados por Vieira. Também ilibados foram os antigos dirigentes José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso. Domingos Soares de Oliveira, ex-administrador da SAD do Benfica, passou de arguido a testemunha no processo.

Em comunicado, o Benfica garante que "se defenderá, sem hesitar, de todas as acusações" que lhe são imputadas pelo Ministério Público.

"Do que já foi possível analisar, estas [acusações] são infundadas", pode ler-se na nota do clube, que também assegura que se defenderá de "tudo quanto afete ou possa ter afetado os seus direitos e interesses".

[Notícia atualizada às 15h20]

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  • Americo
    15 out, 2024 Leiria 18:08
    Boa tarde. Até que enfim há coragem no MP. Agora vamos "ver" quem é o juiz(a).

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