13 set, 2024 - 12:25 • João Fonseca
Um dia depois de anunciar a candidatura à presidência do Benfica e no mesmo dia em que vai apresentar a sua visão e projeto num hotel de Lisboa, João Diogo Manteigas explicou porque avançou a Bola Branca.
“Há duas razões prioritárias”, começou por dizer o advogado e comentador sobre o timing da decisão. “É uma candidatura que não está dependente de quaisquer resultados desportivos, isto é muito importante que todos os benfiquistas e e as pessoas percebam, seja no futebol ou noutra modalidade qualquer. Não tem qualquer tipo de interesse por trás. É uma visão completamente alternativa do Benfica.”
Manteigas explica ainda que este movimento acontece a sensivelmente 13 meses do ato eleitoral por uma razão: “Preciso de me sentar à mesa com os benfiquistas que se queiram sentar à mesa comigo e ouvir. Preciso de tempo”.
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E, sobre o porquê da opção, continua: “Sou candidato por uma razão emocional e também de ambição. Ou seja, emocional porque eu tenho um sentimento benfiquista extremamente forte, sou benfiquista desde sempre. Nunca neguei essas minhas origens clubísticas, aliás fiz parte de meios de comunicação social. Foi sempre explícita a minha posição em defesa do que entendo serem os interesses do Benfica, sem nunca ter passado por cima de terceiros”.
O primeiro candidato a suceder a Rui Costa ou a disputar o lugar de Rui Costa confessa ainda que tem uma “ambição muito grande de conseguir provar que é possível o Benfica ter uma gestão completamente alternativa, diferenciada daquela que tem vindo a ter, há muitos anos”.
Em declarações à Renascença, João Diogo, de 36 anos, diz ter “tudo o que é necessário” para implementar “procedimentos, processo e um projeto distinto”, interrompendo o que tem vindo a acontecer “diria nos últimos 20, 21 anos”.
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O candidato reforça que avançou sem ter em conta “o momento conturbado do Benfica”. Mas, no fundo, “o que se passou no Benfica, neste momento, é fruto da gestão que tem vindo a ser feita, portanto acho, espero e desejo que já esteja sanado”. E acrescenta: “Há novos membros do conselho de administração, a mim agrada-me bastante. Foi resolvida e colmatada a lacuna e agora é meter mãos à obra e trabalhar”.
A decisão do despedimento de Roger Schmidt e regresso de Bruno Lage merece de Manteigas um pedido de “respeito” pela decisão de Rui Costa. Afinal, “este treinador já deu muitas alegrias ao Benfica, é verdade que também deu algumas tristezas. Quero que o Benfica ganhe, não quero que o Benfica perca ou empate de forma alguma”.
Finalmente, questionado se merecia algum comentário a entrevista de Luís Filipe Vieira, o presidente que antecedeu Rui Costa, na CMTV, Manteigas foi taxativo. “Tenho um breve comentário a fazer sobre isso: o Luís Filipe Vieira é o passado, o Rui Costa é o presente e eu sou o futuro”.