13 set, 2024 - 14:30 • Hugo Tavares da Silva
Na primeira conferência de imprensa de antevisão a um jogo neste regresso aos 'encarnados', Bruno Lage respondeu a perguntas sobre a entrevista de Luís Filipe Vieira, sobre a posição de jogadores e ainda confessou como se sentiu quando lhe disseram que o Benfica-Santa Clara, no sábado, terá casa cheia na Luz.
"É um adversário muito competente e que teve um início de época muito bom. Tem três vitórias nesta altura, o que espero é olhar para o que podemos fazer. Foi isso que fizemos nestes dois dias, preparar a equipa, perceber o caminho que a equipa tem feito e o que nós podemos fazer já amanhã [sábado]. Espero um jogo dinâmico da nossa parte, criar muitas oportunidades de golo. Foi isso que trabalhámos.”
“As impressões foram boas. Toda a gente chegou bem, com energia, treinaram bem, as primeiras impressões foi assim. Senti que a equipa está junta, unida, bom ambiente e com uma vontade enorme de oferecer vitórias aos nossos adeptos.”
"Queria conhecer os jogadores, são muitos jogadores novos e a chegar. O único que trabalhou diretamente comigo no Benfica foi o Florentino, já tinha trabalhado com o Renato Sanches em Swansea. Mais do que olhar para o jogador que pode entrar e encaixar no sistema que gosto de jogar, foi olhar para todos os jogadores e tentar idealizar uma equipa. Eu sei o que os adeptos gostam: ganhar, jogar bem, que a equipa crie oportunidades de golos e gostam de golos. O que vamos fazer, nesta primeira fase e o que prometo, é trabalhar muito, desenvolver a equipa para a equipa chegar ao estado em que queremos e os adeptos querem.”
“Fiquei feliz pelo ex-presidente Luís Filipe Vieira ter reconhecido que em 2019 tinha um bom treinador, que fazia treinos intensos e com um treinador com linguagem acessível para os jogadores. Foram alguns jogadores que lhe disseram, deixa-me feliz, podem ter sido jogadores como Rafa e Grimaldo, que recentemente vieram a público falar sobre isso. É o que me importa realçar da entrevista. A outra coisa que quero realçar é: temos de estar todos juntos. Esse é o ponto de partida. Sei que este ano vai ser um ano difícil, principalmente pelo que se passa fora do centro de estágio, por causa das eleições, eh, pá, mas isso são coisas de politiquices em que não me interessa entrar. Sou treinador. Tenho de blindar o grupo, tenho de o treinar para fazer crescer como equipa.”
“Cheguei a esta casa há 20 anos. Julgo que foi na época 2008/09 em que fui campeão de iniciados, o diretor da formação era Rui Costa. Em 2018/19, campeão nacional pela equipa principal, diretor desportivo era Rui Costa. Neste momento, a única coisa que me mudou, porque a relação é fantástica, é que o trato por presidente.”
“Vou fazer uma analogia gira: fui a segunda escolha e você foi a segunda bola. Cruzamento da CMTV [perguntas anteriores], saiu para fora da área, a RTP volta a pôr a bola na área e eu vou tirá-la de cabeça. É voltar a falar do mesmo, de politiquices… O nosso foco é trabalho, temos muito trabalho pela frente e temos de estar juntos e unidos.”
“Mais do que o sistema, são dinâmicas diferentes, porque temos de fazer crescer a equipa, especialmente a nível ofensivo e criar mais oportunidades de golo. O que fizemos foi isso, em função do que conhecemos dos jogadores, tentámos ligá-los e, a partir de um posicionamento, criar uma dinâmica diferente com as minhas ideias.”
“Vejo-o a jogar como segundo médio ou terceiro médio, tem de ser um médio de ligação e um homem para chegar mais perto das zonas de finalização. Se vocês olharem para o que fiz cá, o meu primeiro meio-campo foi Fejsa e Pizzi, salvo erro. Depois foi Samaris e Gabriel. E, depois, foi Florentino e Samaris. O mais importante é que tenham um posicionamento em que não se anulem um ao outro.”
“Tenho de ter tempo de treino com o Fredrik, mas o que sinto é que é muito inteligente. Para ele, é muito fácil jogar em várias posições. Eu tenho uma ideia pelo que vi, mas tenho de testá-la e ver como funciona com os outros.”
“A aposta [na formação] depende dos jogadores. Houve aposta [de João Neves e António Silva], ajudaram a equipa a vencer um campeonato. Um saiu, outro ficou cá. Temos de olhar para o que temos, para ver se temos um ou outro jogador que nos podem ajudar. A nossa preocupação é o Santa Clara e a grande notícia, pelo menos para mim, é que o Estádio da Luz está cheio. Sinto que amanhã [sábado] o nosso coração vai estar na bancada, o nosso pulmão vai estar no campo. É a nossa responsabilidade neste momento, temos de correr, trabalhar, jogar bem e meter o nosso coração a bater por nós.”