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Villas-Boas, especialista em Schmidt. "Mérito à vista de todos", mas liderança traz pressão

02 nov, 2022 - 13:15 • Pedro Castro Alves com Redação

Como adepto do FC Porto, Villas-Boas espera que Roger Schmidt ceda à pressão, no entanto, destaca o mérito do treinador do Benfica na rápida adaptação ao futebol português.

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André Villas-Boas é conhecedor dos métodos e qualidades de Roger Schmidt e considera que o treinador do Benfica está a colher os frutos do bom trabalho feito na adaptação ao futebol português. No entanto, avisa que estar na frente e ter os adversários "a carregar" também traz grande pressão e, enquanto adepto do FC Porto, espera que o alemão ceda.

Em entrevista a Bola Branca, à margem da Web Summit, de que a Renascença é parceira oficial, o antigo treinador do FC Porto revela que "conhece bem" Roger Schmidt, de quem foi adversário na China:

"Joguei contra ele algumas vezes e tive os meus adjuntos a seguir a sua pré-época enquanto ele era treinador do Leverkusen. Conheço bem o seu método, tecnicamente é muito bom. As fases de adaptação ao futebol português foram curtas, ele montou a sua equipa com a estrutura do Benfica, com algum investimento, mas parece-me bem montada ao seu modelo de jogo. Agora, está a colher frutos desse bom trabalho."

Villas-Boas destaca a "muita qualidade" do Benfica de Schmidt, que pratica um futebol "bem aplicado, apoiado, rápido e intenso". Além do "bom futebol", destaca-se a invencibilidade, ao fim de 21 jogos.

"Acho que está à vista de todos o mérito de Roger Schmidt, nessa capacidade de implementar o seu modelo de jogo e de chegar aqui a Portugal e adaptar-se rapidamente ao futebol português", destaca.

Vantagem não é conforto, mas sim "zona de pressão"


O Benfica lidera o campeonato com seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Sporting de Braga, e oito sobre o terceiro, o FC Porto. Uma situação vivida, em 2010/11, por André Villas-Boas, enquanto treinador dos dragões: foi campeão com 21 pontos de avanço.

Apesar da vantagem, Villas-Boas explica, nesta entrevista à Renascença, que os treinadores "nunca estão satisfeitos", pois as distâncias, vistas de cima, "parecem sempre mais curtas do que realmente são".

"Os adversários continuam a carregar e continuam a pressionar-nos. Enquanto líderes, sentimos sempre essa pressão, mesmo a essas distâncias. Neste caso, o Porto vai tentar encurtar a distância e, seguramente, o Roger Schmidt olha sempre para estas distâncias não como uma zona de conforto, mas sempre como uma zona de pressão. Veremos se é capaz de manter. Eu espero que não, porque sou portista e quero que o Porto seja campeão nacional", completa o treinador.

Além do título de campeão nacional com 21 pontos de avanço, André Villas-Boas conduziu o FC Porto à conquista da Taça de Portugal e da Liga Europa, na temporada 2010/11, antes de rumar ao Chelsea.

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