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Futebol nacional

Só seis dos 18 clubes da I Liga não mudaram de treinador (veja quem caiu e quando)

20 jan, 2025 - 12:45 • Inês Braga Sampaio

Vítor Bruno é o 12.º treinador a protagonizar uma saída, mas já houve 14 esta temporada. Tozé Marreco deixou o Gil Vicente ainda antes do arranque do campeonato, Daniel Sousa já saiu de dois clubes e os três grandes já trocaram de timoneiro.

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O FC Porto é o 12.º clube da I Liga que muda de treinador, esta época, e alguns já trocaram duas vezes. Com a saída de Vítor Bruno, já só resistem seis dos 18 técnicos que iniciaram trabalhos com as respetivas equipas.

O primeiro a sair foi António "Tozé" Marreco, ainda nem o campeonato tinha começado. A somente dois dias da primeira jornada, o antigo avançado demitiu-se do Gil Vicente, por alegadas discórdias com a Direção, em relação à política de mercado e à construção do plantel. Carlos Cunha ainda orientou os gilistas na ronda inaugural, como interino, antes da entrada de Bruno Pinheiro, que se mantém no comando - e acaba de "provocar" a saída de Vítor Bruno do FC Porto.

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O segundo clube a trocar de treinador foi o Sporting de Braga. Daniel Sousa, que entrara para o lugar de Artur Jorge no final da temporada anterior, foi despedido logo após a primeira jornada, em que os arsenalistas empataram com o Estrela da Amadora. Antes, já tinham tropeçado nas pré-eliminatórias da Liga Europa. Sucedeu-lhe Carlos Carvalhal.

À quarta jornada, nova "chicotada" psicológica, agora no Benfica. O presidente das águias, Rui Costa, admitiu ter cometido um erro ao segurar Roger Schmidt no verão e, perante o segundo jogo, em quatro jornadas, sem vencer, o alemão lá seguiu caminho. O eleito para ocupar o cargo foi um velho conhecido do público da Luz: Bruno Lage.

A sexta jornada trouxe dois despedimentos. Filipe Martins colocou o lugar à disposição, depois de ter conseguido apenas dois pontos no campeonato, e o Estrela da Amadora substituiu-o com o então diretor desportivo, José Faria. Uma solução que começou como temporária e se tornou definitiva.

Mais abaixo no mapa, e quase em simultâneo, o Farense perdeu a paciência com José Mota, que protagonizou o pior arranque da história do clube na I Liga, com seis derrotas consecutivas. O sucessor foi Tozé Marreco, que, no fundo, só esteve fora do ativo por seis jornadas.

Depois de duas rondas sem danças de cadeiras, o Arouca e o uruguaio Gonzalo García colocaram um ponto final na tranquilidade, ao acordar a rescisão de contrato. A alternativa recaiu em Vasco Seabra.

A décima jornada não terminou sem mais uma saída, desta feita pelo próprio pé. Rúben Amorim deixou um Sporting que estava isolado na liderança, e que daí parecia ser inamovível, para assumir o comando técnico do Manchester United. A solução de continuidade foi João Pereira, uma história que correu muito mal muito rapidamente.

Mas já lá vamos, porque, ao mesmo tempo que Amorim se despediu de Alvalade, o AVS trocou Vítor Campelos por Daniel Ramos.

Passado uma semana, Armando Evangelista não resistiu à estagnação do Famalicão e viu o interino Ricardo Silva orientar os minhotos no jogo seguinte, antes de Hugo Oliveira pegar na equipa, em definitivo, a partir da 13.ª jornada.

A conclusão da muito curta experiência de João Pereira com o Sporting chegou à ronda 15, ou seja, ao fim de somente quatro jogos para o campeonato, dos quais perdeu três (mais duas derrotas na Liga dos Campeões e duas vitórias na Taça de Portugal). Para endireitar rapidamente o rumo, os leões foram buscar Rui Borges ao Vitória de Guimarães.

Os vitorianos socorreram-se de Daniel Sousa, que iniciara a época no rival Braga, porém, perante dois empates em dois jogos para a I Liga e a eliminação da Taça aos pés de uma equipa da quarta divisão, O Elvas, o técnico barcelense recebeu guia de marcha. Sucedeu-lhe Luís Freire, que deixara o Rio Ave sete jornadas antes.

Até que chegou a 18.ª jornada e um Vítor Bruno já fragilizado pelas eliminações das taças e pela derrota com o Nacional da Madeira, que impedira o FC Porto de saltar para a liderança isolada da I Liga, perdeu com o Gil Vicente e ficou a quatro pontos do primeiro lugar. O treinador fora aposta pessoal de André Villas-Boas, contudo, os resultados e a fúria dos adeptos complicaram mais ainda a continuidade do ex-sucessor de Sérgio Conceição e o novo presidente dos dragões lá o deixou cair.

Só seis dos clubes da I Liga ainda não trocaram de treinador: Santa Clara (Vasco Matos), Casa Pia (João Pereira), Moreirense (César Peixoto), Estoril (Ian Cathro), Nacional (Tiago Margarido) e Boavista (Cristiano Bacci). Ao todo, já houve 14 saídas, protagonizadas por 12 nomes.

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