28 ago, 2024 - 10:00 • Inês Braga Sampaio
Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 arrancam esta quarta-feira, com 27 atletas portugueses distribuídos por um número recorde de dez modalidades.
No total, estarão em participação, até 8 de setembro, 4.400 atletas, de 180 Comités Paralímpicos Nacionais, mais uma equipa de refugiados e outra de atletas neutros, num total de 22 modalidades.
Portugal, que vai na 11.ª participação em Jogos Paralímpicos (a primeira em Heidelberg 1972), tentará, em Paris, aumentar o histórico de 94 medalhas conquistadas (25 ouros, 30 pratas e 39 bronzes).
Os atletas paralímpicos portugueses mais medalhados de sempre são Paulo Coelho e Carlos Lopes (homónimo do primeiro medalhado olímpico da história), ambos com quatro e ambos no atletismo.
Em Paris 2024, a missão portuguesa dividir-se-á por:
O triatlo e o powerlifting são modalidades em que Portugal se estreia nos Paralímpicos. Dos 27 atletas nacionais em prova, sete são estreantes. Há também três atletas com medalhas paralímpicas: Cristina Gonçalves, no boccia, Miguel Monteiro, no lançamento do peso, e Norberto Mourão, na canoagem.
No desporto paralímpico, os atletas são enquadrados em classes desportivas em função do impacto que a sua deficiência tem no desempenho desportivo da modalidade que praticam. Assim, é importante perceber o que significa cada sigla nas diferentes modalidades.
Em atletismo, as categorias 11-13 relacionam-se com deficiência visual, 20 intelectual, 31-38 de coordenação, 40-47 baixa estatura e próteses ou equivalente, T51-54 cadeira de rodas, F51-58 lançamentos sentados, 61-64 próteses nos membros inferiores.
Jogos Paralímpicos
Em entrevista a Bola Branca, José Manuel Lourenço (...)
No badminton, SU5 é deficiência em membro inferior. No boccia, "BC" não mais quer dizer que "boccia". Na canoagem, KL1 é um atleta de kayak com funcionamento do tronco nulo ou extremamente limitado e sem funcionamento das pernas; VL2 é para atletas de piroga com funcionamento de pernas e tronco parcial. Em ciclismo, os "H" são os atletas que "ciclam" com as mãos e as categorias C são para aqueles que competem com próteses ou movimento dos membros limitado.
No judo, o 1 engloba atletas com cegueira total. O SH2 do tiro é para paralímpicos que não conseguem segurar na arma de fogo sozinhos, por isso usam um apoio, mas conseguem apontar e controlar a arma. Por fim, no triatlo, o PTS5 inclui aletas com limitações nos membros inferiores e/ou superiores que não requerem bicicleta manual para o trecho de ciclismo nem de cadeira de rodas para a corrida.
Beatriz Monteiro estreará a participação portuguesa em Paris, na quinta-feira, no badminton. Esta quarta-feira, a partir das 20h00, realiza-se a cerimónia de abertura, com transmissão na RTP2.