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Entrevista Bola Branca

Pany Varela: "O segredo do Sporting é nunca estar satisfeito com o que já alcançou"

28 jun, 2022 - 11:45 • Carlos Dias com Redação

O internacional português faz o balanço de mais uma época de excelência do Sporting, com quatro títulos conquistados. O jogador, de 33 anos, ainda pensa numa primeira experiência no estrangeiro, apesar de estar "no melhor clube do mundo".

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O segredo do sucesso do Sporting no futsal é "nunca estar satisfeito". Pany Varela, ala dos leões, faz o balanço de mais uma temporada em que o clube conquistou tudo em Portugal, tendo perdido apenas a final da Liga dos Campeões para o Barcelona.

Em entrevista a Bola Branca, o jogador de 33 anos explica a mentalidade leonina que conduz ao sucesso.

"Foi-me incutida esta mentalidade, temos essa exigência vinda de cima. Nem falo dos diretores, mas o treinador e a sua equipa técnica têm essa fome, passam-na diariamente. Treinamos no limite, cuidamo-nos no limite. Fica mais fácil atingir o sucesso. O grande segredo é nunca estarmos satisfeito com o que já alcançamos", começa por dizer.

Ainda assim, Varela diz que o plantel tem "plena consciência do que foi feito". "Não vamos desvalorizar os feitos, mas queremos sempre mais. Evoluir mais, crescer mais e conquistar mais", explica.

Já a olhar para a próxima temporada, Varela explica como se tem preparado.

"Preparei a minha época um mês antes de começar, com treino fora do Sporting. Tenho um PT [treinador pessoal] com quem trabalho e vou afinando questões físicas e faço trabalho psicológico para manter a cabeça sã", explica.

Varela soma ainda 75 internacionalizações pela seleção portuguesa, com 22 golos apontados. No entanto, o ala garante que estar na seleção depende do seu rendimento no clube.

"Preparo sempre com muito foco no clube. Estar na seleção é consequência do que vamos fazendo nos clubes. Estando num nível alto no Sporting, garanto o meu lugar na seleção", explica.

Foto: Gerrit Van Keulen/EPA
Foto: Gerrit Van Keulen/EPA
Foto: Gerrit Van Keulen/EPA
Foto: Gerrit Van Keulen/EPA
Foto: FPF
Foto: FPF

Aos 33 anos e com mais quatro anos de contrato, Varela "não esconde" que ainda pensa numa primeira experiência no estrangeiro, apesar de estar "no melhor clube do mundo".

"Não escondo, mas sei que estou no melhor clube do mundo. Olhar para o lado estando no melhor é estranho. Tenho sorte de ter conseguido enraizar-me no Sporting e estar num projeto vencedor. Olho e foco-me só no Sporting. Estamos no topo, o que o Sporting tem feito é de excelência. Não está fora de hipótese, nada está, mas tenho mais quatro anos pela frente", atira.

Dérbis são "mais do que um jogo"

Varela conta com passagens pelo Benfica, Belenenses, Olivais e Fundão antes de ter chegado ao Sporting, em 2016. Tendo jogado nas duas equipas, Pany Varela garante que os dérbis não valem apenas três pontos.

"Os dérbis nunca vão ser jogos fáceis, mesmo que o resultado dispare. Há imensa qualidade das duas partes e há a carga emocional dos dérbis. Dizemos que é só mais um jogo, mas é muito mais que um jogo. É uma rivalidade histórica, jogos que todos queremos vencer", atira.

No Sporting começam a brilhar jovens talentos da formação do clube. Zicky, Bernardo e Tomás Paçó são os destaques, mas há outros a caminho.

"A evolução deles é notória e a sua vontade de vencer nota-se. Basta olhar para eles em campo. É o ADN Sporting, eles têm-no, foram criados no clube. Sentem o clube e quando chega a hora, fazem tudo para estarem no melhor nível possível. É preciso tirar-lhes o chapéu ao Bernardo, Tomás e o Zicky e outros miúdos na calha que vão aparecer", termina.

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