16 jul, 2024 - 12:37 • Inês Braga Sampaio
Estádio a rebentar pelas costuras, entrada triunfal com o número 9 nas costas, um beijo no escudo, discurso de mãos na anca e o mítico "1, 2, 3... Hala Madrid!" Podíamos estar a falar da apresentação de Cristiano Ronaldo como jogador do Real Madrid, em 2009, mas referimo-nos à de Kylian Mbappé, esta terça-feira.
O remodelado Santiago Bernabéu encheu-se de "madridistas" para dar as boas-vindas ao novo galáctico. O YouTube, mera criança há 15 anos, permitiu que adeptos de todo o mundo acompanhassem em casa.
Em vez dos malogrados Alfredo Di Stéfano e Eusébio, aguardava por Mbappé outra lenda: Zinédine Zedane, que conquistou quatro Liga dos Campeões pelo Real Madrid, uma como jogador e outras três como treinador.
Florentino Pérez chamou por Kylian e o avançado entrou no relvado, de número 9 nas costas - será que vai mudar para o 7 na próxima época?. Nada se ouviu, por longos momentos, exceto o som da euforia de milhares de adeptos, mais ainda quando o francês beijou o escudo, como o seu ídolo fizera 15 anos e dez dias antes.
"Esse teu amor teu pelo Real Madrid e essa identificação desde criança com este escudo deram-te a força suficiente para superar todas as barreiras e obstáculos", enalteceu o presidente do Real Madrid, já com o ex-Paris Saint-Germain a seu lado. "Hoje, estás aqui porque quiseste e só a tua força de vontade te fez capaz de superar todas as adversidades", acrescentou.
Chamado ao microfone, de mãos na anca como Ronaldo, Mbappé alongou-se mais que o português, 15 anos antes: "Sonhei muitas noites com jogar no Real Madrid. Sou um miúdo muito feliz."
"Agradeço ao presidente por ter confiado em mim, mesmo depois de se terem passado muitas coisas. Desde pequeno tinha unicamente um sonho, que era jogar aqui. Agora, o meu sonho é estar à altura do melhor clube do mundo. Vou dar a vida por este clube e por este escudo", prometeu o internacional francês, de 25 anos.
Mbappé também encorajou os jovens a seguir os seus sonhos: "Hoje estou eu aqui, daqui a uns anos pode ser um de vós."
O estádio cantava "Mbappé, Mbappé", que seguiu o mote e, no final da sua intervenção, fez o apelo que já se esperava que fizesse, aquele mesmo que Cristiano Ronaldo fez, 15 anos antes.
"Quero fazer uma coisa convosco. Vou dizer '1, 2, 3' e vamos dizer juntos 'Hala Madrid', como uma grande família", apelou, para depois quase fazer cair o estádio: "1, 2, 3... Hala Madrid!"