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Covid-19 limita seleção de Cabo Verde, mas não mexe na ambição

06 jan, 2022 - 13:25 • Sílvio Vieira

Há seis jogadores infetados e o selecionador nacional também ficou na Praia, em isolamento. Mário Semedo, presidente da federação cabo-verdiana, tem esperança de recuperar alguns elementos a tempo do primeiro jogo na CAN, já no domingo, frente à Etiópia.

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A três dias do arranque da Taça da Nações Africanas (CAN), a seleção de Cabo Verde está a viver dificuldades, devido à Covid-19. Seis jogadores e o selecionador nacional, Pedro Leitão "Bubista", testaram positivo e ficaram em isolamento na Praia. O analista Pedro Ramos também está infetado e não viajou com o grupo para os Camarões, país anfitrião da CAN.

Em entrevista à Renascença, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Mário Semedo, reconhece que é uma situação complicada de resolver. A esperança do dirigente é que alguns dos elementos que ficaram na Praia, em isolamento, ainda recuperem a tempo do primeiro jogo, já no domingo, frente à Etiópia.

"Temos tentado adaptar-nos à situação. A nossa equipa médica já tem alguma experiência nestes casos, porque praticamente durante toda a fase de qualificação enfrentámos esta situação. Temos recuperado alguns atletas, outros continuam positivos, mas nunca é fácil. Neste momento temos seis jogadores positivos e esperamos que possam recuperar a tempo de se deslocarem para os Camarões, antes do início da competição", deseja Mário Semedo.

Vozinha, Keven Ramos, Ponck, Marco Soares, Lisandro Semedo e Willis Furtado são os jogadores em isolamento e todos estão assintomáticos, informa a federação cabo-verdiana. Já recuperados, depois de também terem testado positivo à Covid-19, e integrados no grupo que viajou, esta quinta-feira, para os Camarões, estão Márcio da Rosa, Stopira, Jeffry Fortes, Kenny Rocha e Garry Rodrigues.

No jogo com a Etiópia será o adjunto Humberto Bettencourt, também recuperado de Covid-19, após isolamento, a orientar a equipa. Mário Semedo explica que as baixas no grupo foram compensadas por jogadores que estavam convocados numa convocatória suplementar. Atletas que estavam de piquete, na expetativa de serem chamados de urgência, o que acabou por suceder.

Além de todos estes problemas, a equipa perdeu também Djaniny. O ponta de lança sofreu uma lesão, já durante o estágio final de preparação, e foi dispensado. A equipa técnica irá chamar um jogador para substituir o avançado do Trabsonzpor.

Objetivos mantêm-se intactos

Apesar de todas estas condicionantes, Mário Semedo mantém intactos os objetivos a seleção na competição. "O grupo mantém as mesmas expetativas e os nossos objetivos estão intactos. Nós vamos contar com as nossas forças e vamos encarar a primeira fase com o objetivo de passar à fase seguinte", afirma.

Cabo Verde está no Grupo A da CAN, com Camarões, Burquina Fasso e Etiópia. O presidente da federação cabo-verdiana destaca que a equipa tem tido bons resultados com Camarões e Burquina. Será a primeira vez que Cabo Verde vai defrontar a Etiópia, uma equipa menos cotada, mas que merece atenção.

"Tem havido uma evolução nas seleções africanas, tem havido muito investimento por parte dos respetivos governos que resulta num 'upgrade' dessas seleções e não equipas fracas", sublinha.

Cabo Verde e Guiné-Bissau são os representantes dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) na Taça das Nações Africanas, que se realiza nos Camarões, entre 9 de janeiro e 6 de fevereiro.

A estreia dos "tubarões azuis" está agendada para domingo, primeiro dia da competição, frente à Etiópia, às 19h00.

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