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Seleção nacional arranca Liga das Nações com duelo ibérico que poderá ser decisivo

02 jun, 2022 - 07:55 • Eduardo Soares da Silva

Portugal defronta Espanha, em Sevilha, num jogo entre os dois favoritos a seguir em frente para a discussão do troféu.

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A seleção nacional arranca a participação na terceira edição da Liga das Nações esta quinta-feira, com um difícil dérbi ibérico frente à Espanha, as duas seleções favoritas a seguirem em frente na competição.

Depois da conquista da primeira edição da prova, em 2019, Portugal não conseguiu o acesso à "final four" da última edição, ao perder para a França, que seguiria em frente. Este ano, a seleção pretende voltar à disputa pelo título e o jogo frente aos rivais vizinhos pode ser importante nas contas futuras.

Portugal joga em Sevilha, no Benito Villamarín, o primeiro jogo da qualificação, num grupo que será disputado entre junho e setembro, em ambiente de preparação para o Mundial de novembro e dezembro, no Qatar.

A seleção vai fazer quatro jogos nos próximos dez dias, "um claro exagero" no entendimento do selecionador nacional. A maratona de partidas começa com o jogo frente à Espanha, seguida de dois jogos em casa, a receção à Suíça, no próximo domingo, e à Chéquia, no dia 10 de junho. A seleção ainda visita o terreno da Suíça no dia 12, antes das férias dos jogadores.

As partidas decisivas serão no início da próxima temporada, com o jogo em casa da Chéquia, a 24 de setembro, antes da receção à seleção espanhola, a 27 de setembro. Até ao momento, a seleção ainda não tem mais jogos particulares agendados até ao Mundial.

Último jogo entre as duas seleções, um particular, serviu ainda para a apresentação da candidatura ibérica Portugal-Espanha ao Mundial 2030. Foto: Pedro Gonzalez/EPA
Último jogo entre as duas seleções, um particular, serviu ainda para a apresentação da candidatura ibérica Portugal-Espanha ao Mundial 2030. Foto: Pedro Gonzalez/EPA
O selecionador Luis Enrique, tal como a maioria dos jogadores dessa partida, continuam na seleção. Foto: Juanjo Martin/EPA
O selecionador Luis Enrique, tal como a maioria dos jogadores dessa partida, continuam na seleção. Foto: Juanjo Martin/EPA
Ronaldo ficou em branco na partida, tal como toda a seleção.  Foto: Juanjo Martin/EPA
Ronaldo ficou em branco na partida, tal como toda a seleção. Foto: Juanjo Martin/EPA
Fernando Santos aproveitará a Liga das Nações como preparação para o Mundial do Qatar. Foto: Juanjo Martin/EPA
Fernando Santos aproveitará a Liga das Nações como preparação para o Mundial do Qatar. Foto: Juanjo Martin/EPA

Portugal à procura de feito inédito

Para entrar com o pé direito na Liga das Nações, Portugal terá de fazer o que ainda não fez. A seleção nunca conseguiu vencer a Espanha a jogar fora de portas. Em 15 jogos disputados, a seleção espanhola venceu 10 partidas e empatou outras cinco.

No geral, o histórico entre as duas seleções não sorri a Portugal: em 38 partidas, apenas seis vitórias para a seleção lusa, o que corresponde apenas a 16% dos jogos. A Espanha venceu 16 vezes, os restantes 16 jogos terminaram empatados.

A última vitória de Portugal frente à Espanha foi há 12 anos, num particular no Estádio da Luz, a 17 de novembro de 2010, quando a seleção goleou os campeões do mundo por 4-0, com golos de Carlos Martins, Hélder Postiga, que bisou, e Hugo Almeida.

Desde esse jogo realizaram-se mais quatro partidas, sempre com empate como resultado final. O último particular entre Portugal e Espanha foi no verão passado, antes do Campeonato da Europa, jogo que serviu para a apresentação formal da candidatura conjunta de Portugal e Espanha ao Mundial 2030, espelho das boas relações entre as duas federações.

Os dois "estreantes"

David Carmo e Ricardo Horta são as grandes novidades na convocatória de Fernando Santos para os próximos jogos da seleção.

Os dois jogadores do Sporting de Braga têm oportunidade de se mostrarem ao selecionador nacional, porque, como justifica Fernando Santos, "por muitas observações que faça, é importante ter contacto com os jogadores".

Carmo estreia-se em convocatórias da seleção principal; Ricardo Horta, que se tornou o melhor marcador da história do Sporting de Braga, tem uma internacionalização, mas foi ainda com Paulo Bento, nunca tinha sido chamado pelo atual selecionador.

"O Ricardo [Horta] sempre fez parte de um lote de jogadores que estavam a ser observados. A seleção é um espaço aberto, há sempre um lote de 50/60 jogadores em observação. Não aconteceu noutra altura, aconteceu agora, com a mesma naturalidade que aconteceu com outros jogadores que chegaram à seleção, depois de me questionarem porque é que não vinham", comenta o treinador, sem mais detalhes.

O jogador do Braga pode viver um momento que há muito aguarda numa altura de tumulto. O Benfica quer contratar o jogador, o Braga não tem intenções de vender e acusa o Benfica de forçar o Málaga a impulsionar a transferência.

A propósito da chamada de David Carmo, que chega para reforço da defesa com Domingos Duarte, nos lugares de Tiago Djaló e Gonçalo Inácio, o treinador esclarece que não tem a ver com insatisfação com o trabalho de Djaló e Inácio, numa altura de renovação do eixo da defesa. O experiente José Fonte ficou fora dos escolhidos.

Fernando Santos chamou 26 jogadores para os quatro jogos de junho e prevê utilizar grande parte dos atletas: "São quatro jogos, no fim da época, e será difícil para os jogadores e os treinadores. Vai obrigar a uma rotação clara durante esses jogos, porque são quatro jogos em 10 dias. Vai obrigar a gestão muito grande dos jogadores, daí o leque ser mais alargado".

O Espanha-Portugal joga-se esta quinta-feira, às 19h45, com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.

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