Jogar por Portugal “foi bom, foi o máximo de emoções boas”, recorda Dyego Sousa

30 ago, 2021 - 10:15 • João Paulo Ribeiro , Olímpia Mairos

Avançado internacional por Portugal lembra a emoção de ser chamado à seleção portuguesa, em 2019. Portugal concentra-se esta segunda feira para preparar os próximos jogos do apuramento para o Mundial 2022. Otávio é a principal novidade na lista de convocados de Fernando Santos.

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A seleção portuguesa concentra-se, esta segunda-feira, na cidade do futebol - em Oeiras - para preparar a fase de qualificação para o Mundial 2022, no Qatar.

Os próximos jogos oficiais são com a Irlanda e o Azerbaijão e entre os jogadores convocados por Fernando Santos há um nome que se destaca: Otávio Edmilson da Silva Monteiro, mais conhecido como Otávio.

O jogador do Futebol Clube do Porto é mais um brasileiro naturalizado português, a representar o nosso país. É o 8.º na história da Federação Portuguesa de Futebol. O último tinha sido Dyego Sousa, brasileiro nascido na cidade de São Luís no nordeste do país, em março de 2019. O avançado ex-Benfica e Braga, passa, assim, o testemunho a Otávio.

Em entrevista exclusiva à Renascença, Dyego Sousa revela que se sentiu em família, quando integrou pela primeira vez a seleção nacional, e afirma que Cristiano Ronaldo dá o exemplo do melhor acolhimento.

“Portugal sempre teve isso, por isso eu adoro este país. As pessoas são excelentes e os jogadores da seleção não são diferentes, desde o mais 'top' ao jogador que foi convocado inicialmente, como eu, que fui recebido bem por todos e da melhor forma possível”, conta.

"Senti-me em casa"

O ex-internacional por Portugal não esquece a forma como foi recebido e guarda as melhores recordações dos tempos em que defendeu as cores do nosso país.

“Senti-me em casa. No início é normal a pessoa querer se aproximar das pessoas que conhece, no meu caso era o José Sá e o Danilo, mas o capitão chama logo a gente para estar ali, com ele. Troquei duas/três palavras com ele e com o Pepe e com todos os outros. Deixam a gente mesmo à vontade e eu senti-me como num clube, como um jogador da seleção, igual a eles”, explica.

Dyego Sousa atravessou o Atlântico em 2010, para representar o Leixões e trouxe do Brasil o sonho de representar Portugal. Realizou duas partidas pela seleção portuguesa na fase de qualificação para Europeu 2020, com a Ucrânia e Sérvia, não tendo marcado qualquer golo. Mas a experiência proporcionada pela chamada de Fernando Santos é algo que nunca esquecerá.

“Eu cheguei aqui, ao Leixões, em 2010, e desde aí já tinha esse objetivo e só queria crescer, crescer. E quando fui chamado a uma coisa que eu sempre quis, mas nunca estamos à espera, a primeira convocatória, foi uma emoção grande”, conta.

Chamada à seleção "foi máximo de emoções boas"

A chamada à seleção é para Dyego Sousa um dos grandes feitos da sua carreira. Representou o concretizar do seu objetivo e do seu sonho e, por isso, guarda “cada detalhe, o dia, o que estava a fazer na hora”.

“Foi bom, foi o máximo de emoções boas”, diz Dyego Sousa. O sonho de representar Portugal foi concretizado nove anos depois de Dyego Sousa chegar a Portugal.

“Quando eu cheguei a Portugal, a primeira vez, eu sempre tive esse sonho e ser um jogador internacional por Portugal, representar estas coisas, a seleção. Foi um país que me recebeu tão bem e onde eu cresci como homem, como pessoa, como futebolista. Foi um sonho que eu realizei, foi importante para mim”, afirma o internacional português.

Dyego Sousa, de 31 anos, está atualmente nos chineses do Shenzen, mas o seu desejo é deixar o clube. O O avançado está sem jogar desde novembro. Cedido ao Famalicão, na época passada, tinha empréstimo previsto até ao final da temporada, mas a sua estadia foi abreviada e Dyego Sousa deixou o clube em janeiro.

Além do Famalicão, Dyego, em Portugal, representou Benfica, Sporting de Braga, Marítimo, Portimonense, Tondela e Leixões.

Segue-se Otávio

Em toda a história da seleção nacional, Otávio é o 8º naturalizado a ser chamado. Junta-se na galeria aos brasileiros Dyego Sousa, Liedson, Pepe, Deco, Celso (que fez três jogos na década de 1970), Lúcio (com cinco jogos na década de 1960) e ao sul-africano David Júlio (com quatro jogos na década de 1960).

A seleção portuguesa recebe a República da Irlanda na quarta-feira, no Estádio Algarve, e seis dias depois joga com o Azerbaijão, em Baku. Pelo meio, vai defrontar o Qatar, num particular agendado para sábado, em Debrecen, na Hungria.

No arranque da qualificação, Portugal venceu o Azerbaijão (1-0) e o Luxemburgo (3-1) e empatou na Sérvia (2-2), ocupando a liderança do grupo A, juntamente com os sérvios, ambos com sete pontos. Os luxemburgueses estão no terceiro posto, com três pontos à frente de República da Irlanda e Azerbaijão, que ainda não pontuaram.

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