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Benfica

O dia em que Pavlidis encarnou Shevchenko e Mbappé com um "hat-trick" quase perfeito

22 jan, 2025 - 12:45 • Inês Braga Sampaio

O ponta de lança grego tem sido alvo de críticas pelos poucos golos que marca, contudo, diante do Barcelona, fez algo que só três jogadores, antes dele, tinham feito. Uma raridade que contrastou com mais uma "banalidade" de Lewandowski.

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O ketchup celebrizou-se como alegoria para os golos quando, antes do Mundial 2010, um Cristiano Ronaldo que não marcava pela seleção há 16 meses afirmou que os golos, tal como o ketchup, "quando aparecem, é tudo de uma vez". O ketchup de Vangelis Pavlidis apareceu frente ao Barcelona e ajudou-o a alcançar um feito raro.

Foram três os golos do ponta de lança grego, todos apontados na primeira parte, aos dois, 22 e 30 minutos, a contrastar com a derrota, por 5-4, sofrida no último minuto. Um golo de pé esquerdo, outro de pé direito e o último de penálti.

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Um "hat-trick” ao Barcelona, algo que apenas três jogadores, antes de Pavlidis, tinham feito, na Liga dos Campeões: Tino Asprilla, com o Newcastle, e um jovem Andriy Shevchenko, de 21 anos, ao serviço do Dínamo de Kiev, ambos em 1997; e o agora "galáctico" Kylian Mbappé, pelo Paris Saint-Germain, em 2021.

Foram o oitavo, o nono e o décimo golos de Pavlidis pelo Benfica, ao 30.º jogo. Nas últimas 12 partidas, antes do "hat-trick" ao Barça, só marcara uma vez. Um registo goleador que tem gerado críticas, apesar da contribuição do internacional grego para o jogo da equipa, o que também já levou Bruno Lage a defendê-lo.

"O Pavlidis esteve muito bem defensivamente, ofensivamente os movimentos abrem espaço para outros. (...) Fez movimentos para arrastar defesas e o [Leandro] Barreiro concluir", argumentou o treinador, após a vitória sobre o Famalicão.

E enquanto passava jogos em branco na Luz, Pavlidis marcava golos pela seleção. Em outubro, quando tinha apenas dois golos marcados em sete jogos, o avançado fez esse mesmo número num só jogo ao serviço da Grécia, diante da Inglaterra. E isto depois de, na pré-época, ter gerado grandes expectativas entre os adeptos benfiquistas, com cinco golos nos cinco particulares que disputara.

Agora, contudo, o ketchup pode ter chegado ao gargalo e estar pronto para sair "todo de uma vez", como diria Cristiano Ronaldo. Resta saber se o "hat-trick" de Pavlidis ao Barcelona é um momento de viragem ou se a garrafa era daquelas mais pequenas, de amostra de supermercado. De qualquer modo, foi feita história. E quase, quase foi um hat-trick perfeito, com o pé direito, pé esquerdo e, em vez de cabeça, meteu de penálti.

A raridade de Vangelis Pavlidis coincidiu com a "banalidade" de Robert Lewandowski.

O Benfica é uma das vítimas favoritas do internacional polaco na Europa, a par do Estrela Vermelha. Já vão nove golos em sete encontros com os encarnados (os de Lisboa, não os de Belgrado) – marcou sempre das últimas sete vezes que defrontou a equipa portuguesa.

Tudo começou em 2018, numa visita do Bayern de Munique à Luz, na fase de grupos da Champions. "Lewa" abriu o marcador aos dez minutos, antes de Renato Sanches marcar à antiga (e agora atual) equipa. Na segunda volta, os bávaros receberam a equipa de Rui Vitória com uma goleada por 5-1 e o polaco bisou.

Dois anos depois, Lewandowski fechou os 4-0 do Bayern na Luz, novamente na fase de grupos. A segunda volta deu nova goleada, por 5-2, agora em Munique, com "hat-trick" do ponta de lança, que ainda fez uma assistência. Quatro anos volvidos, o goleador mostra que não perdeu o gosto por marcar ao Benfica.

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