São várias as queixas que chegam à CONFAP de alunos que se encontram confinados sem opção de aulas "online". A decisão de lecionar remotamente cabe às escolas. Os pais dizem que “trabalho autónomo" não é suficiente.
Regresso à escola dos alunos escolas dos 2.º e 3.º ciclos e funcionamento de esplanadas são as marcas mais visivéis da nova fase em vigor a partir desta segunda-feira.
Diretores escolares e famílias fazem um balanço positivo do ensino à distância, imposto pela pandemia de Covid-19, reconhecendo que está a correr melhor do que no ano passado, mas ainda há dificuldades e nada substitui o presencial.
Conselho Nacional de Educação manifestou preocupação com o ensino profissional, admitindo que está a ser particularmente afetado pelo confinamento. A Escola Profissional Serra da Estrela, com 150 alunos, confirma o cenário. Cerca de 20% levaram equipamentos informáticos para casa. Metade dos alunos dos PALOP continua a fazer as refeições na escola.
Ex-secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário Fernando Egídio Reis partilha, na Renascença, reflexões sobre o impacto do segundo confinamento na comunidade escolar. Professor há quase 40 anos, pede mais autonomia para as escolas e recusa a ideia de que os jovens estão genericamente preparados para o choque tecnológico que a pandemia impôs a escolas, professores, alunos e famílias.
O “mea culpa” da presidente da Comissão Europeia, que reconheceu ter sido demasiado otimista e subestimou os problemas na entrega das vacinas por parte dos laboratórios, é um dos temas em debate na edição desta semana do Visto de Fora.
Tiago Brandão Rodrigues esteve no programa As Três da Manhã, onde falou, entre outros temas, da aquisição de computadores para o ensino à distância. As aulas online começaram em 8 de fevereiro.
Em Forninhos, aldeia do concelho de Aguiar da Beira com cerca de 200 habitantes, cerca de uma dezena de alunos tem problemas no acesso ao ensino à distância. E, para ir às compras, os habitantes desta aldeia em que 60% têm mais de 70 anos são agora obrigados a percorrer o dobro do caminho senão saem do concelho.
Que métodos resultaram melhor no último ano, quando as escolas foram apanhadas de surpresa pelo confinamento e tiveram de se reinventar? 51 professores partilharam com a Renascença as suas experiências e deixaram dicas para tornar o novo período de ensino à distância mais produtivo.