25 nov, 2024
O incompreensível adiamento do campeonato da nossa primeira Liga por quase três semanas, acabou por ser compensado pelas fortes emoções que outras competições colocaram à nossa disposição.
Desde logo, a Taça de Portugal, cuja quarta jornada parecia destinada a uma certa monotonia, mas que afinal nos trouxe emoção e surpresas em alguns campos deste país.
Para começar, o Futebol Clube do Porto, vencedor das três últimas edições da prova rainha, que não resistiu em Moreira de Cónegos, depois de uma exibição sensaborona que atirou o dragão pela porta dos fundos, arrastando com isso nova e estrondosa fase de contestação, dirigida especialmente ao treinador sem que, no entanto, alguns dirigentes não tenham sido igualmente atingidos pelos protestos de alguns furiosos adeptos.
Poderá haver algumas razões seguras para tantos protestos, mas também não deixa de ser difícil perceber como alguns adeptos do antigo regime portista continuam a fazer de conta que antes não aconteceu algo que tenha prejudicado fortemente um clube tão prestigiado quanto vencedor.
Ainda na Taça, e para não acontecer tudo quanto seria previsível, o destaque vai também para o histórico clube alentejano Lusitano Ginásio Clube, de Évora, actualmente a competir no quarto escalão do futebol português, que eliminou um clube da primeira Liga e que, a seguir, vai a Braga para defrontar um adversário muito mais complicado.
Mas as nossas atenções também estiveram neste fim-de-semana viradas para o campeonato da Inglaterra e, sobretudo, para a estreia do treinador Rúben Amorim no comando de uma das equipas mais prestigiadas e ganhadoras do mundo, o Manchester United.
Infelizmente para o treinador português nem tudo correu bem no jogo inaugural.
E não foi apenas o empate cedido frente a uma equipa de menor dimensão mas, sobretudo, a cinzenta actuação dos “reds”, sobretudo na primeira parte do jogo com o Ipswich Town.
Se havia dúvidas, ficou igualmente demonstrado que a Liga inglesa não tem comparação com qualquer outra na Europa. É que ali, com o ficou à vista, todas as equipas entram em campo para vencer e não, como, por exemplo no nosso campeonato, a grande maioria entra no jogo simplesmente para não perder.
Esta diferença continua bem à vista.