10 set, 2024
Para muitos, e desde há algum tempo, Cristiano Ronaldo já deveria ter abandonado a actividade futebolística, por razões que se prendem com o avançar da idade e do menor rendimento que por vezes se regista em algumas das suas actuações.
Razões às quais o internacional português procura contrapor actuações de alta qualidade, mesmo que algumas tenham sido registadas no campeonato da Arábia Saudita, considerado menor, longe do nível com que é possível qualificar, sobretudo, as provas europeias.
Um desses momentos em que o jogador madeirense desmentiu a asserção dos seus críticos, viveu-se há relativamente poucas horas. Foi exactamente no passado domingo, no estádio da Luz, numa exibição para recordar, frente à selecção da Escócia que, acentua-se, contrariou, ela própria, um pouco as previsões.
Depois de uma primeira parte insípida e incolor, em que os nossos jogadores não causaram qualquer espécie de prejuízo às redes da terra do whisky, jogando sem chama e, sobretudo, sem CR7, tivemos um segundo tempo em que tudo diferente.
E porque? Exactamente porque tivemos então Cristiano Ronaldo no seu melhor, capaz de arrastar os seus companheiros e despertar o imenso público que preencheu as bancadas. O que não tinha sido possível até então, chegar à baliza contrária com propósito, passou ser o normal. E Ronaldo esteve em todos esses momentos: atirou duas vezes aos postes, e alcançou o golo da vitória quando o jogo estava quase a expirar, depois de uma exibição de luxo.
Ficou-se por saber se a estratégia fora acordada com o seleccionador, mas parece muito provável que assim tenha acontecido. E o que ficou também confirmado é que o nosso mais importante jogador de sempre, só porá fim à sua carreira quando for esse o seu entendimento.
Desiludam-se, portanto, todos aqueles que há já algum tempo vêm tentando desvalorizar a carreira de Ronaldo, e recomendar o seu afastamento da competição, seja a nível de clubes ou de selecção.