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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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A festa já está no adro

02 set, 2024 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Tratando-se do jogo de possível reposição de outra verdade, os leões puseram por isso todas as fichas no tabuleiro.

À quarta jornada do extenso calendário do campeonato de futebol da primeira Liga tivemos o primeiro grande clássico da temporada com o Sporting Clube de Portugal a receber no seu renovado estádio José Alvalade o novo Futebol Clube do Porto.

É verdade que as duas equipas já se haviam defrontado no início do mês Agosto, mas em circunstâncias diferentes. Esteve então em causa disputa da Supertaça que nos deixou um histórico do qual os leões tudo fizeram para tirar consequências.

Por Alvalade falou-se em leão ferido, sobretudo nos últimos dias, e no desejo de fazer esquecer e emendar o desaire que então não eixou de causou alguma surpresa.

Tratando-se do jogo de possível reposição de outra verdade, os leões puseram por isso todas as fichas no tabuleiro.

O Futebol Clube do Porto, ainda a tentar recompor-se do abalo sofrido nos últimos tempos, por força de eleições que determinaram alterações radicais, vinha a Lisboa para tentar mostrar uma nova imagem e capacidade para continuar a ser considerado um dos mais evidentes candidatos a continuar a somar sucessos.

Deixaram boa imagem os dragões, mas a sua capacidade não foi suficiente para levar a melhor sobre um Sporting bem organizado, mais experiente e com uma equipa mais rotinada nos seus processos e ambições.

Ainda foi possível ver os nortenhos mais dominadores nos primeiros vinte minutos mas, a partir daí, os lisboetas tomaram conta do jogo, que acabaram por vencer sem deixar margem para dúvidas, e tornando-se na única formação que até agora somou por vitórias todos os desafios disputados no campeonato.

Registo especial merece o novo tempo que agora parece mais respirável no futebol português.

Em Alvalade pudemos assistir a um ambiente de enorme desportivismo, personificado por jogadores, dirigentes e público, a contrastar com os longos períodos em que o futebol foi maltratado entre nós, sobretudo a partir de dirigentes que, felizmente, já não fazem parte da festa.

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