06 set, 2023
Depois da saída de Fernando Santos do comando da selecção nacional de futebol,ninguém abriu a boca de espanto quando o Presidente federativo anunciou, dentro de um prazo perfeitamente aceitável, que o novo responsável seria Roberto Martinez.
O técnico catalão chegava assim a Portugal depois de um período de seis anos no comando da selecção belga, e tornando-se no terceiro treinador estrangeiro a orientar o futebol português, ao mais alto nível.
Na Bélgica, o resultado mais relevante que obteve em diversas participações em competições internacionais foi o terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 2018, não tendo porém escapado a muitas críticas devido ao conservadorismo que marcou a sua passagem pelo futebol daquele país.
Depois de Fernando Santos ter ganho um Campeonato da Europa e uma Liga das Nações, Martinez estava perante um enorme desafio e uma grande responsabilidade, tanto mais que em Portugal vinha encontrar um fabuloso lote de jogadores, cobiçados em todo o mundo, com Cristiano Ronaldo à frente de um pelotão invejável.
Logo no início, o técnico espanhol deixou excelente impressão, esforçando-se por se exprimir na língua de Camões, e deixando perceber um conhecimento profundo sobre os jogadores portugueses, indispensável para iniciar funções, e que deixou entender nas suas primeiras convocações.
Agora, de regresso ao trabalho, Roberto Martinez fez as chamadas para os próximos desafios com a Eslováquia e o Luxemburgo.
E aí, surgiram as primeiras críticas, suscitadas pelas suas escolhas, algumas muito discutíveis, por razões largamente debatidas na praça pública.
A ideia que fica é que Martinez já tem o seu grupo, bem protegido numa caixa onde outros terão muita dificuldade em entrar.
Será o conservadorismo da Bélgica a repetir-se agora, tão cedo, em Portugal?
Esperamos que não!...