21 mar, 2023
Com os campeonatos a chegarem ao fim por essa Europa fora, as tensões aumentam cada vez mais e, em muitos casos, ficam mesmo à vista alguns actos nada recomendáveis.
São seus intérpretes dirigentes, jogadores e treinados, todos eles portadores de um grau de responsabilidade elevado perante uma sociedade que muitas vezes nem necessita de desmandos para chegar a situações de perigosas consequências.
Neste momento, como sabemos, Portugal é um dos países com maior representação em diversos campeonatos, seja a nível de jogadores ou de treinadores.
O conceito em que é tido o futebol português, de há uns anos a esta parte, justifica que se tenha passado a olhar para nós de forma completamente diferente.
Nos últimos tempos tem havido alguns exemplos que se podem considerar tudo menos edificantes.
E, no fim-de- semana que ficou para trás, dois momentos passaram mesmo a constituir um libelo acusatório contra nós, face ao comportamento de dois treinadores, ambos de reconhecida categoria profissional e aos quais, também por isso, deve ser assacada maior responsabilidade.
Referimo-nos a José Mourinho e a Marco Silva, que nos jogos em que participaram as suas respectivas equipas – e ambas perderam- protagonizaram cenas que, tudo o indica, lhes vão custar caro perante os regulamentos dos países onde pontificam.
O treinador do Fulham, acusado de tentar atingir um árbitro com uma garrafa e proferir diversos impropérios, e o técnico da AS Roma de se ter dirigido de forma inapropriada ao presidente do clube ser adversário nesse dia, a Lázio, também de Roma.
Todos reconhecemos que lá por fora a disciplina no futebol e fora dele é tida num conceito muito diferente do nosso.
E, quando qualquer agente do jogo prevarica, é certo e sabido que o castigo será sempre bastante pesado.
O facto de os campeonatos e taças estarem a chegar ao fim, e nem todos vejam ser possível atingir objectivos antes fixados, nada justifica a assunção de comportamentos nada recomendáveis pela ética desportiva.