09 dez, 2022
A caminho da final, marcada para daqui a uma semana, a selecção portuguesa tem amanhã pela frente mais um enorme obstáculo para transpor.
Depois de arrumada a questão suíça, mercê de uma goleada das antigas, da qual ninguém estava à espera, espera-nos agora Marrocos, e a sua selecção que integra apenas três jogadores nascidos naquele país do norte africano. Até o seleccionador é oriundo de outro ponto, mais concretamente da França, onde nasceu em Corbeil-Essonnes.
Porém, nada disto retira legitimidade aos marroquinos para depositarem nos seus jogadores uma crença ilimitada, e festejarem intensamente, caso venham a vencer e eliminar Portugal, o que nós, naturalmente, não esperamos e muito menos desejamos.
Independentemente de todas estas circunstâncias, há que reconhecer a dificuldade que a selecção portuguesa vai enfrentar perante os marroquinos, colhido e recordado o exemplo do que aconteceu à Espanha, que não teve capacidade para marcar um golo sequer àquela formação africana, e acabando eliminada do Mundial, para o qual entrara como uma das sérias candidatas à vitória final.
Amanhã, a partir das 19 horas, Portugal joga mais uma vez a sua sorte neste interessante Campeonato do Mundo, no qual entrou também como um dos vários candidatos finais.
A reconhecida qualidade do jogo que praticamos permite-nos imaginar a possibilidade de terminar o jogo em vantagem, acedendo assim às meias-finais da Copa, sem esquecer a valia do adversário, e que entra em campo com ambições iguais às nossas.
Já uma vez, em 1986, em Guadalajara, no México, fomos surpreendidos por este mesmo adversário, tendo sido derrotados por 3-1, quando as previsões apontavam na sua grande maioria para um desfecho de sinal contrário.
Há alturas em que é recomendável ter memória.
Boa memória!