25 nov, 2022
A seleção portuguesa entrou bem no Campeonato do Mundo de Futebol: venceu o primeiro adversário que lhe saiu ao caminho, embora não tendo conseguido mais do que uma exibição sombria frente a um adversário em relação ao qual era claramente favorito.
Vitória justa mas muito sofrida até ao último silvo do medíocre árbitro da partida, um norte-americano escolhido para este jogo. Faltou intensidade aos jogadores portugueses, e capacidade para entrarem na coriácea defesa do Gana, sobretudo na primeira parte em que dominaram sem, contudo, terem chegado com êxito ao último reduto contrário.
A segunda parte foi diferente, mas ainda assim sem que os nossos jogadores tenham sido capazes de fazer valer a sua superioridade técnica. E foi preciso que Cristiano Ronaldo, sempre ele, começasse a resolver o intrincado problema que o desafio nos colocava.
Foi através de uma grande penalidade, fabricada por ele próprio, mas que não bastou para sossegar as hostes. Os africanos ainda chegaram ao empate, e foi preciso isso para tocasse a rebate.
Bruno Fernandes, uma das nossas peças mais influentes, abriu caminho para mais dois golos, e tudo pareceu ficar mais tranquilo até final.
Só que o estreante guarda-redes português havia de dar ainda um novo sinal de intranquilidade, que nos poderia ter valido um empate e a perda de mais dois pontos que pareciam já conquistados.
As frouxas atuações do sector defensivo devem ter passado a preocupar Fernando Santos. Orfão de Pepe, aquele sector deixou à vista muitos problemas, que não podem repetir-se nos jogos seguintes se quisermos ir mais além neste Mundial. E ao meio-campo exige-se também a consistência que ontem lhe faltou em Doha.
Segunda-feira, contra o Uruguai, Portugal poderá carimbar a passagem aos oitavos-de-final.
No entanto, não pode repetir os erros que ontem ficaram tão à vista, e que poderiam ter deitado tudo a perder. Prematuramente!