18 nov, 2022
Na família do teatro há um dito segundo o qual, por norma, a um mau ensaio geral de uma peça, corresponde sempre uma boa estreia, e vice-versa.
Na sua adaptação ao futebol, ao nosso futebol, não é este princípio que mais se deseja, porque o mais interessante será que ao bom ensaio geral de ontem da seleção portuguesa, venha a corresponder uma excelente estreia, no próximo dia 24, no jogo em que o adversário será o Gana, outra seleção do continente africano.
E a Nigéria não foi um adversário fácil. Treinada por um técnico português, José Peseiro, a seleção nigeriana, composta por jogadores que na sua grande maioria atuam em bons clubes europeus, deixou à vista qualidade, tanto do ponto de vista individual, quanto coletivo.
Só que a formação lusa esteve imparável, e produziu uma exibição de grande qualidade, das melhores a que temos assistido no reinado de Fernando Santos. Sobretudo na primeira parte do jogo, disputado em Alvalade, os selecionados estiveram sempre por cima, marcaram dois golos e, curioso, cometeram apenas uma falta, segundo as estatísticas do desafio.
Fernando Santos apresentou um onze inicial que ficou distante daquele que vai ser aquele que será apresentado no primeiro jogo a sério, na próxima quinta-feira, a partir das 16 horas.
O que significa e confirma que o futebol português tem recursos suficientes para fazer um Mundial de grande dimensão, podendo esperar-se que virá a passar muito para além da fase de grupos.