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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​O juiz decide

18 mai, 2022 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Como habitualmente, a nomeação da equipa de arbitragem para a final da Taça de Portugal desperta alguma expectativa. E, desta vez, não se foge à regra.

A Federação Portuguesa de Futebol designou ontem o árbitro portuense Rui Costa para dirigir o encontro entre o Futebol Clube do Porto e o Tondela, as equipas que depois das 17 horas do próximo domingo, subirão ao relvado do Estádio Nacional, no Vale do Jamor, para essa festa que encerra toda uma época de futebol.

Rui Costa, que atingiu os 45 anos, idade limite para deixar a arbitragem, acaba a época tendo estado por 26 vezes em diversos jogos como árbitro principal: 20 jogos da primeira Liga, 3 da segunda Liga, e três da Taça de Portugal e da Taça da Liga.

Dirigiu dois jogos dos portistas por duas vezes, nunca tendo sido nomeado para qualquer desafio do Tondela.

Como por norma acontece, um árbitro que atinja o limite de idade é designado, como prémio, para dirigir a final da Taça de Portugal. Tem sido assim praticamente todos os anos, havendo história de alguns casos curiosos. O mais recente, recorda-se, envolveu o ex-juiz madeirense Marco Ferreira, que alguns dias após ter estado no Estádio Nacional na final da Taça recebeu a notícia da sua despromoção, sendo relegado para o segundo escalão da arbitragem, situação que viria a não aceitar.

Rui Costa chega ao fim da sua carreira sem deixar notas relevantes no cadastro, dado que as suas múltiplas atuações jamais entusiasmaram. Foram até muitos os momentos em que os seus desempenhos foram alvo das mais acirradas críticas.

No entanto, a final de domingo não deixa antever grandes dificuldades.

Os dragões partem como favoritos, o que baixa muito o grau de dificuldade e, à partida, poderá ajudar a facilitar o trabalho da equipa de arbitragem.

É isso que se espera e deseja num jogo calmo, sem problemas disciplinares, e sem influência do trabalho daqueles que vão julgar nos bons e nos maus momentos.

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