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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Benfica preso no xadrez do Boavista

26 jan, 2022 • Opinião de Ribeiro Cristovão


A primeira parte dos encarnados no desafio de Leiria ainda pode ser considerada aceitável.

Seis anos depois de ter participado pela última vez numa final da Taça da Liga, o Benfica voltou a conquistar ontem à noite esse direito, após um jogo com o Boavista que, mesmo vencendo, não deixa boas memórias.

Incapaz de vencer ao cabo de noventa minutos muito contrastantes, a equipa de Nelson Veríssimo acabou por ser mais forte no desempate por grandes penalidades, mesmo tendo falhado dois desses pontapés decisivos.

A primeira parte dos encarnados no desafio de Leiria ainda pode ser considerada aceitável.

Porém, no segundo tempo, o Boavista foi de longe a melhor equipa em campo, com mais oportunidades e mais remates, podendo até considerar-se que teria sido um justo vencedor, com direito a jogar a final no próximo sábado.

O fraco rendimento do conjunto lisboeta, em repetição daquilo a que já assistimos em desafios anteriores levou, mais uma vez, os adeptos ao desespero, por suspeitarem que há necessidade de atuar com medidas radicais, limpando o balneário e o plantel milionário que continua a não justificar o farto investimento de milhões feito no começo desta temporada.

Sem poder contar jogadores importantes, o que não é desculpa, o Benfica vai agora preparar a final da Taça da Liga, ficando a saber logo à noite que adversário lhe caberá defrontar, se o Sporting ou o Santa Clara.

Estas duas equipas disputam hoje, no mesmo cenário, o outro desafio das meias-finais.

Mesmo sendo favoritos, os leões estão, para já, perante dois sérios avisos: o primeiro, tem a ver com o jogo perdido nos Açores ainda recentemente, no qual este adversário foi claramente superior.

O outro aviso foi deixado ontem à noite pelo Boavista, que foi capaz de enfrentar o Benfica com muita determinação, ao ponto de, a não ter acontecido uma exibição excecional do seu guarda-redes, o resultado poderia ter sido inquestionavelmente diferente.

Os açorianos poderão, logo à noite, repetir a proeza, e colocar em situação complicada a formação leonina. Aguardemos.

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