12 nov, 2021
Apesar de o selecionador nacional Fernando Santos ter dito após o jogo disputado ontem à noite em Dublin, que terminou com um empate a zero, que “ganhar por cinco-a-zero teria sido a mesma coisa”, nem isso atenua a falta de qualidade deixada à vista pela descolorida exibição portuguesa no bem emoldurado estádio da capital da República da Irlanda.
Foi, de facto, uma noite perdida para todos quantos têm por hábito acompanhar atentamente os desafios da seleção portuguesa, que nos tem enchido de orgulho com as conquistas inapagáveis de um Campeonato da Europa e da edição inaugural da Liga das Nações.
É verdade que, devido a circunstâncias várias, não foi possível a Fernando Santos apresentar a nossa melhor seleção. Antes de mais, porque um empate seria suficiente para não complicar muito as ambições nacionais, e depois porque o embate decisivo está há muito marcado para Lisboa e para o estádio da Luz, onde no próximo domingo, em jogo com a Sérvia, bastará recolher um empate para garantir presença direta na edição de 2022 do Mundial de Futebol.
Neste jogo disputado na Irlanda havia sobretudo a preocupação de colocar a salvo pelo menos seis jogadores, que acumulavam cartões amarelos, e cuja participação no jogo final é, de um modo geral, considerada indispensável.
À exceção de Pepe, que ficou impedido de enfrentar os sérvios, o objetivo primário foi conseguido.
E é, a partir dessa ideia, que tem toda a lógica afirmar que agora está tudo adiado para domingo. Nesse dia, espera-se e deseja-se uma inspiração diferente, para melhor, dos jogadores escolhidos pelo nosso selecionador para, no estádio benfiquista, podermos celebrar mais uma qualificação direta para a competição mais importante do mundo.
Insípida e incolor foi a noite de quarta-feira para o futebol português, a nível da nossa seleção principal. Das piores que temos vivido há muitos anos a esta parte, e que desejamos não ver repetida nos tempos mais chegados.
A qualidade dos nossos jogadores justifica exatamente o contrário.