08 jul, 2016
Desta vez, ao contrário daquilo que se tornou habitual nos últimos anos, não ganhou a Alemanha. Por isso, a França está na final, onde irá bater-se com os portugueses na disputa do mais importante troféu europeu a nível de selecções, disputado a cada quatro anos.
Era, afinal uma das duas hipóteses que estava em cima da mesa. Daí que aqueles que não desejavam ter os alemães como adversários no desafio decisivo do estádio de Saint Denis, estão mais descansados desde ontem à noite.
Os que entretanto tinham a França como adversário mais apetecível, estão agora perante uma jornada entusiasmante, cujo desfecho não está antecipadamente garantido para qualquer dos lados.
O futebol francês parece mais adaptado às características da equipa comandada por Fernando Santos supondo-se, à partida, não haver razões para considerar que está encontrado o novo campeão da Europa.
Há, no entanto, alguns aspectos que convém não perder vista.
Desde logo o factor casa. Embora Portugal venha seguramente a contar com uma enorme falange de apoio, a verdade é que a equipa de Didier Déchamps está num ambiente no qual se sente muito mais à vontade.
Depois, a questão da arbitragem.
A nossa selecção, embora sem ter feito alarde dos prejuízos que já teve até aqui, com pelo menos três grandes penalidades perdoadas aos seu adversários em outros tantos desafios, nunca pode contar com favores dos juízes de campo, o que não tem acontecido com a selecção francesa.
Ainda ontem houve o registo de um penalty contra a Alemanha que, transformado no primeiro golo, abriu caminho à sua derrocada, e que foi muito menos evidente do que aqueles que antes resultaram em prejuízo de Portugal.
Sem tentar encontrar desculpas antecipadas, será bom que os responsáveis portugueses dêem um sinal de que estão atentos, e que os dirigentes da UEFA levem isso em conta, para que assim tenhamos no domingo um trabalho isento de mácula.