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O Mundo em Três Dimensões - Dor - 20/10/2017

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90% das pessoas já sentiram dor em algum momento das suas vidas

20 out, 2017 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)


Por cada 10 adultos, há apenas um que diz não ter sentido dor ao longo da sua vida. E dois em cada 10 dizem nunca ter experimentado o incómodo de uma dor de cabeça. É o que revela a versão actualizada do Estudo Global sobre o Impacto da Dor realizado em 32 países. No caso europeu, que considera um universo de 15 países estudados, Portugal ocupa a quarta posição no que toca à prevalência da dor.

Imagine-se numa sala com quatro pessoas. Pode ser uma família, a sua sala lá em casa. Marido, mulher e dois filhos. Pelo menos um deles sofre frequentemente de dores de cabeça, um problema que afecta dois em cada 10 adultos.

É a conclusão do Estudo Global sobre o Impacto da Dor que analisou esta problemática em 32 países.

E num universo de 15 países europeus analisados, Portugal é o quarto país com maior prevalência semanal da dor corporal. 61% por cento da população nacional. E pior do que nós, só romenos, russos e espanhóis.

Portugal é um dos 10 países à escala mundial onde a dor corporal mais prevalece. 70% da população queixa-se deste problema. E isso é mais do que a média global, que aponta para 63% da população que diz sentir dor.

245 mil milhões de dólares por ano. É a dimensão do prejuizo económico motivado pela dor que tira mais de dois dias e meio de trabalho a cada funcionário.

Nesse capítulo, Portugal é exemplo pela positiva. Quanto mais não seja porque os portugueses faltam menos ao trabalho por esse motivo. Apenas um dia por causa da dor corporal, porque se a causa for a dor de cabeça, então aí o português aguenta.

Aguenta porque desvaloriza. Afinal, uma dor de cabeça até se resolve com um comprimido. Um paracetamol ou uma aspirina. Basta ter qualquer coisa no estômago.

Uma certa ligeireza que conduz a outro problema: automedicação.

Dados do Infarmed relativos a 2016 confirmam que os portugueses compram cada vez mais medicamentos que dispensam receita. Mais de 40 milhões de embalagens. Quase 300 milhões de euros no ano passado. Mais 45% em relação ao início desta década.

E um quarto das caixas de comprimidos - lá está - são analgésicos, para reduzir a dor.

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