12 set, 2024 • Jaime Dantas
O comentador da Renascença João Duque considera que o problema da falta de professores não exige uma reforma profunda do ensino, mas "apenas ter um mínimo de planeamento" do ano letivo.
No seu comentário no programa "As Três da Manhã", da Renascença, Duque salienta que este é um problema que perdura há vários anos e para o qual o atual secretário de Estado Adjunto e da Educação já tinha alertado.
"Eu já há anos ouvi o Alexandre Homem Cristo a falar da oportunidade que tínhamos de renovar os professores do ensino básico e secundário por causa da avalanche de aposentações que ia acontecer", lembra o comentador.
Acrescenta que o período em que aconteceu a transição entre o governo de António Costa e de Luís Montenegro não beneficiou a preparação do novo ano letivo, já que o nova equipa ministerial chegou e encontrou "milhões de problemas que se têm que resolver" e por isso recomenda que a preparação do próximo ano "devia estar já a andar para não suceder este tipo de planeamento".
Uma vez que não existem formados em quantidade suficiente para suprir a falta de professores nas escolas, o comentador recomenda que se "abram situações de exceção", recrutando estudantes universitários , como também já aconteceu no passado.
"Eu fui aluno de estudantes universitários, quando andava no liceu, porque havia uma escassez enorme que se expandiu imenso ao ensino liceal e fez-se recurso às soluções que existiam", recorda o professor catedrátrico.
No final do comentário também foi abordada a recomendação do ministério da educação para a proibição de telemóveis nas escolas, medida que merece a aprovação de João Duque.
"Acho muito bem, devia ser mesmo uma medida obrigatória mandada pelo ministério", defende o comentador.