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Taxas diretoras do BCE podem chegar “aos 4% em julho e, a partir daí, estabilizar”

João Duque

Taxas diretoras do BCE podem chegar “aos 4% em julho e, a partir daí, estabilizar”

11 abr, 2023 • André Rodrigues , Olímpia Mairos


Reforçando que esta é a expectativa daqueles que acompanham o mercado, João Duque diz que concorda “substancialmente com ela”, prevendo, no entanto, que “não cheguemos aos 4%, se as coisas correrem mesmo muito bem”.

O comentador d’As Três da Manhã admite que as taxas diretoras do BCE deverão continuar a subir e, só depois, vão estabilizar.

Na análise às declarações do ex-Secretário de Estado das Finanças, António Nogueira Leite, ao programa Da Capa à Contracapa, da Renascença, que apontava para aumentos das taxas diretoras do BCE, durante os próximos meses, João Duque refere que essas são as expetativas de quem acompanha o mercado.

“Há uma ‘pula’, um género de votação sobre as expectativas sobre aquilo que vai ser a tomada de decisão do Banco Central Europeu, nas próximas reuniões”, lembra, destacando que “os membros deste conjunto de apostadores, chamemos-lhe assim, aposta numa subida para os 3.75”.

“Neste momento, estamos a falar em três e meio por cento, a que a taxa do Banco Central Europeu empresta aos bancos, quando precisam de dinheiro e vão lá buscar dinheiro. Neste momento, estão a apostar numa subida para 3.75 em junho, e em julho 4%, e, a partir daí, estabilizar”, adianta.

Reforçando que esta é a expectativa daqueles que acompanham o mercado, João Duque diz que concorda “substancialmente com ela”, prevendo, no entanto, que “não cheguemos aos 4%, se as coisas correrem mesmo muito bem”.

Mas, na perspetiva do comentador, “é saudável para as pessoas que estão a fazer as contas à sua mesada e ao seu dinheiro que ponham mais meio por cento em cima das taxas que estão neste momento a pagar, para fazerem contas sobre aquilo que vai ser - diria - um ano, ano e meio, dois anos”.

Questionado sobre as mais recentes previsões do FMI, que apontam para um regresso à tendência pré-pandémica nos juros, e até no caso das maiores economias da zona euro, uma tendência de juros baixos ou até negativos, João Duque admite que vamos andar aqui num vaivém cíclico de subidas e descidas dos juros, com consequências para as famílias.

“Sempre foi assim e, portanto, aquilo que é normal é uma taxa de inflação, e aquilo que se deseja, uma taxa de inflação próxima dos 2%, e, depois, que as taxas diretoras andem um bocadinho abaixo disto e, portanto, eu diria que é normal que as taxas diretoras andem à volta de 1%, um e meio, máximo 2%. Isso é o ideal e, portanto, que tenhamos taxas Euribor mais ou menos correspondentes nestas zonas”, conclui.

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