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Portugal em contraciclo escapa aos efeitos da guerra

Joao Duque

Portugal em contraciclo escapa aos efeitos da guerra

16 mai, 2022 • Olímpia Mairos


O comentador das Três da Manhã antevê que as previsões económicas de Bruxelas vão ser boas para Portugal. O PIB cresceu 6,4% e “isto é absolutamente fantástico”, diz Henrique Raposo.

Bruxelas apresenta, esta segunda-feira, as previsões económicas de Primavera, que já devem refletir os efeitos da guerra na Ucrânia.

“Na zona euro e na União Europeia, isso vai sentir-se, até porque nós temos o efeito de inflação a começar a ser muito severo e com preços de energia a afetarem a maior parte dos setores e, portanto, a minha expectativa é que venha uma notícia que não seja aparentemente muito agradável para os europeus”, diz Henrique Raposo.

Ao contrário do que espera para a Europa e para a zona euro, no entender do comentador d’As Três da Manhã, Portugal deve aguardar boas notícias. “Portugal vai ter uma notícia um bocadinho em contraciclo e tem tido essas perspetivas”, antevê, explicando que “tivemos um primeiro trimestre absolutamente fantástico, com um crescimento como não se via há décadas e, por isso, o ano de 2022 está, eu diria entre aspas, praticamente feito”.

“Basta que os trimestres subsequentes tenham um comportamento igual ao anterior, sem qualquer crescimento, e nós já temos um crescimento para este ano de 6,4% do PIB em termos reais. Isto é absolutamente fantástico.”

Ainda que a economia estagnasse até ao fim do ano, assinala o comentador, o produto interno bruto cresceria quase 6,5% e, se crescer um bocadinho, vamos para a ordem dos 7, e até podemos ir aos 8%.

Segundo o comentador, Portugal vai “ter muito provavelmente um efeito puxado pelo turismo, também pelo PRR, mas, o efeito turismo vai ter um grande impacto positivo”.

“E os efeitos que podiam ser negativos ainda não estão, a meu ver, assim com uma agressividade tão grande, porque o maior é a inflação e as potenciais subidas taxas de juro, mas portugueses pouparam bastante nestes dois anos”, assinala.

O comentador destaca ainda que “os portugueses adoram o consumo. É o consumo que tem estado a puxar a economia portuguesa e vai, provavelmente, continuar a puxar, com o turismo, no mercado interno e, portanto, eu estou relativamente otimista em relação a Portugal”.

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