11 nov, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos
No dia da abertura da Cimeira do Clima, em Bacu, no Azerbaijão, o comentador da Renascença Henrique Raposo diz que “devemos evitar a cultura do apocalipse que está espalhada pela nossa cultura e mesmo pela esquerda”.
“A esquerda devia ser um espaço de esperança e renovação e está contaminada, a meu ver, por este discurso apocalítico”, assinala, acrescentando que essa é uma das razões que leva à vitória do Trump”.
Na visão de Raposo, “a esquerda só tem pessimismo para dar no capitalismo, no ambiente. E, com isto, os mídia ficam dominados por miúdos a tirar a tinta a ‘Van Gogh’s’, em vez de estarmos a discutir coisas que estão a ser feitas e feitas bem”.
O comentador dá como exemplos a resflorestação que caiu a pique nos últimos 25 anos e o crescimento das energias renováveis.
No seu espaço de comentário n’As Três da Manhã, Raposo reconhece que as alterações climáticas são um facto evidente, mas diz que “não vão provocar migrações em massa, como está dentro do mito apocalítico”.
“Aquelas pessoas de Valência não vão para o outro lado, vão adaptar-se, como a humanidade sempre fez”, exemplifica.
O comentador destaca ainda que “nunca tivemos tão poucas pessoas a morrer por catástrofe natural”, defendendo que é preciso “adequar as nossas perceções e as nossas narrativas aos factos”.
“Qual é o maior problema da alteração climática? O CO2. Qual é a energia mais limpa no CO2? A nuclear”, diz Raposo, lembrando que, ao contrário do que as pessoas dizem, “ninguém morreu em Fukushima”.
Por fim, Henrique Raposo, aludindo a abertura da Web Summit, assinala que “por causa dos novos instrumentos de inteligência artificial, as ‘Googles’ da vida estão a construir reatores nucleares portáteis”.
Em tom irónico, Raposo diz que “um submarino nuclear num camião é um reator nuclear portátil, altamente seguro, portátil”. E pergunta: "por que é que países como Portugal não podem ter um reator nuclear que produza energia barata para as pessoas?”.