04 out, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos
O comentador da Renascença Henrique Raposo considera não ser normal que o PS, depois da proposta “irrecusável” do Governo apresente uma contraproposta para a aprovação do Orçamento do Estado.
“Já não há saco para o que estamos a ver”, atira, acrescentado que “era suposto que os dois partidos do centro se comportassem de maneira mais responsável, mais sensata”.
“Sobretudo, o PS está a brincar com novas eleições e novas eleições é dar mais fogo ao Chega, ao populismo que, a meu ver, tem que ser travado”, defende Raposo, lembrando que esta semana “na manifestação um pouco triste dos bombeiros, o Ventura foi acolhido como herói”.
No seu espaço de comentário n’As Três da Manhã, Raposo avisou ainda que “temos um almirante a querer meter os pezinhos fora do quartel, um almirante bastante populista que pode encaixar muito bem nesta onda populista” e que o Chega já admitiu apoiar.
“E temos que dizer: militares no quartel e não na política. E, portanto, há que evitar novas eleições”, defende o comentador.
Por fim, Henrique Raposo diz que “a estratégia do PS está a ser muito perigosa para a democracia enquanto um bloco, enquanto ideia, porque o PSD está a fazer aquilo que disse que ia fazer - ‘nós não governamos com o Chega’ (…) - e do lado contrário tem um PS que está sempre a empurrar o PSD para o Chega, isso não é leal”.
“Eu acho que da parte do líder do PS está a haver pouca sensatez, pouca cordialidade democrática ao centro”, remata.