14 jul, 2022 • Olímpia Mairos
O comentador d’As Três da Manhã considera que o requerimento que a Iniciativa Liberal vai apresentar à Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, no sentido de esta se pronunciar sobre a legitimidade da ida de Matos Fernandes para a Abreu Advogados não vai dar em nada.
“Sinceramente, todo aquele estatuto dos deputados, para mim é uma floresta de enganos”, diz, exemplificando com o caso da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.
“Aquilo é tudo uma coisa, mas ela dos jornais pode receber, mas da televisão não faz sentido e, portanto, não se percebe nada, acho que é de propósito, que é baralhado, que é para não ninguém perceber nada”, atira.
A passagem de João Matos Fernandes, antigo ministro do Ambiente, para o papel de consultor do Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados é mais um exemplo das polémicas “portas giratórias”.
Segundo o comentador, “legalmente não deve haver” conflitos de interesses, mas já em termos de ética coloca algumas reticências.
Citando o vice-presidente da Frente Cívica João Paulo Batalha, Henrique Monteiro diz que “não se pode estranhar o facto de haver essa promiscuidade entre o interesse público e privado porque não há legislação nenhuma clara sobre isso”.